O ex-presidente eg�pcio Hosni Mubarak se encontrava nesta quarta-feira em estado de coma, em meio a tens�es no pa�s em torno do pr�ximo chefe de Estado, ap�s uma elei��o cujo resultado ainda � incerto, e entre tentativas dos militares de reafirmar seu poder.
"N�o est� clinicamente morto", como anunciou antes a ag�ncia oficial MENA, declarou uma fonte m�dica. "Os m�dicos tentam reanim�-lo e foi colocado respirando com a ajuda de aparelhos", segundo esta fonte.
A rede de televis�o estatal indicou durante a noite que "em breve" seria divulgado um comunicado oficial sobre a sa�de do ex-presidente, mas perto do meio-dia ele ainda n�o havia sido publicado.
Anteriormente, Mubarak foi levado de um setor com instala��es m�dicas da pris�o de Tora, no sul do Cairo, ao hospital militar de Maadi, depois de um acidente vascular cerebral, segundo a Mena.
Muitos eg�pcios, no entanto, suspeitam que o tema seja utilizado para gerar compaix�o em rela��o ao ex-l�der e assim propici�-lo um tratamento favorecido. Outros, no entanto, consideram que o ex-presidente � um entulho do passado.
"Mubarak � o passado para n�s. Devemos olhar para frente, porque h� muitos desafios a superar", afirmou um jovem islamita que se identificou apenas como Ihsan.
A sa�de de Mubarak come�ou a se deteriorar depois de ser preso. Fontes de seguran�a informaram sobre uma depress�o aguda, sobre dificuldades para respirar e hipertens�o.
Sua fam�lia havia solicitado sua transfer�ncia a um hospital, como era o caso antes de ser, no dia 2 de junho, condenado � pris�o perp�tua pela morte de manifestantes durante a revolta de janeiro e fevereiro de 2011, que o levou � ren�ncia.
As informa��es sobre uma piora em seu estado de sa�de geram um clima de tens�o e incerteza sobre o pr�ximo chefe de Estado, depois das elei��es presidenciais que terminaram no domingo.
Tanto o candidato da Irmandade Mu�ulmana, Mohamed Mursi, quanto seu rival, o �ltimo primeiro-ministro de Mubarak, Ahmed Shafiq, reivindicam a vit�ria. Os resultados oficiais devem ser anunciados na quinta-feira.
Um grupo de ju�zes independentes, dirigido pelo ex-presidente da Uni�o de Ju�zes, Zakaria Abdel Aziz, que supervisionou as opera��es de voto, atribuiu a vit�ria a Mursi.
Por sua vez, a comiss�o eleitoral iniciou nesta quarta-feira o exame dos recursos contra irregularidades apresentados pelos dois candidatos, anunciou a televis�o estatal.
Mas o pr�ximo presidente, seja quem for, estar� longe de ter o poder quase absoluto que Mubarak ostentava nas tr�s d�cadas em que dirigiu o Egito.
Uma "declara��o constitucional complementar" promulgada no domingo pelo Conselho Supremo das For�as Armadas (CSFA), que dirige o pa�s h� 16 meses, d� ao ex�rcito importantes prerrogativas, o que reduz consideravelmente a margem de manobra do futuro presidente.