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Estado de Minas

San��es em debate na reuni�o do Mercosul em Mendoza


postado em 28/06/2012 07:43 / atualizado em 28/06/2012 08:25

O governo brasileiro manter�, durante a reuni�o do Mercosul que come�a hoje, em Mendonza (Argentina), a defesa de san��es pol�ticas — e n�o econ�micas — ao novo governo paraguaio de Federico Franco. Segundo apurou a reportagem, a presidente Dilma Rousseff n�o quer provocar preju�zos ao povo do Paraguai, um dos mais pobres do continente. O Brasil n�o concorda, por exemplo, com a a��o do presidente venezuelano, Hugo Ch�vez, que suspendeu o envio de petr�leo para os paraguaios.

No entanto, a puni��o pol�tica ser� dura. O governo de Federico Franco n�o ser� reconhecido pelos pa�ses do bloco. Al�m disso, a participa��o do Paraguai nas reuni�es do Mercosul e da Uni�o de Na��es Sul-Americanas (Unasul) estar� suspensa at� a realiza��o de elei��es no pa�s e a posse de um novo governo. De acordo com interlocutores do Planalto, Franco foi avisado de que o Paraguai enfrentaria uma oposi��o feroz no continente, caso insistisse em destituir sumariamente o ex-presidente Lugo.

O recado foi dado na sexta-feira pelos chanceleres Antonio Patriota (Brasil) e H�ctor Timerman (Argentina), por telefone. Eles haviam sido avisados sobre o processo de impeachment na quinta-feira, durante a Rio+20. Na manh� seguinte, os ministros entraram em contato com Franco. "Voc�s n�o podem fazer um rito sum�rio desses", afirmou Patriota. "Voc�s j� fizeram o mesmo no Brasil (em uma alus�o ao afastamento de Fernando Collor em 1992)", devolveu Franco. Patriota retrucou: "O processo levou seis meses". Franco insistiu: "N�s vamos fazer hoje".

Foi a vez de Timerman tentar uma sa�da. "Lugo se licencia por um per�odo de tr�s a seis meses, o clima melhora e, a partir da�, voc�s analisam o afastamento". Como o ent�o vice-presidente paraguaio n�o mudou de ideia, os dois chanceleres resolveram dar o ultimato e alertaram que ele teria que lidar com "san��es pol�ticas pesadas". Franco mostrou-se irredut�vel. "Ele est� arcando com as consequ�ncias", declarou uma fonte do governo brasileiro � reportagem.

Modera��o Apesar da crise, os diplomatas brasileiros est�o tranquilos. Alegam que adotaram um tom moderado no continente, menos agressivo do que as cr�ticas feitas pelo venezuelano Hugo Ch�vez e pela argentina Cristina Kirchner. "A Cristina estava doida para arrumar uma desculpa para deixar de ser vista como a �nica governante que adota medidas ilegais", disse um integrante da c�pula do governo brasileiro.

A desist�ncia do ex-presidente Lugo de participar da reuni�o do Mercosul foi encarada com naturalidade pelo Brasil. "Ele n�o � mais chefe de Estado, o que faria l�?" questionou um observador privilegiado da crise paraguaia. Mas a postura do ex-dirigente atraiu cr�ticas dos companheiros de Mercosul. "Todos n�s fomos contra o impeachment sum�rio. Mas Lugo, em um primeiro momento, pareceu resignado e aceitou a decis�o, dizendo que era legal. Isso tirou a for�a das nossas reclama��es", justificou um diplomata brasileiro.

"Todos n�s fomos contra o impeachment sum�rio. Mas, Lugo, em um primeiro momento, pareceu resignado e aceitou a decis�o"
Diplomata brasileiro, em entrevista � reportagem, sob condi��o de anonimato


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