Os Amigos do Povo S�rio se re�nem na sexta-feira em Paris com o objetivo de obter a ren�ncia do presidente Bashar al-Assad, apesar da oposi��o da R�ssia, que n�o participar� desta terceira confer�ncia do grupo. A reuni�o, que ser� aberta pelo presidente franc�s, Fran�ois Hollande, ter� a participa��o de representantes de uma centena de pa�ses �rabes e ocidentais, de organiza��es internacionais e da oposi��o s�ria. Segundo o chanceler franc�s, Laurent Fabius, esta reuni�o representar� "um apoio ampliado da comunidade internacional" ao povo s�rio e "uma press�o sobre o regime" de Bashar al-Assad.
Trata-se de "encorajar" a oposi��o s�ria em seus esfor�os de unifica��o com o objetivo de que seja um interlocutor confi�vel para todos e de "aumentar a press�o sobre o regime s�rio para que aplique o plano de Genebra" sobre uma transi��o pol�tica e o projeto do emiss�rio internacional Kofi Annan. O plano de Anna prev� um cessar-fogo que deveria ter sido aplicado a partir de 12 abril, mas nunca foi respeitado, segundo uma fonte diplom�tica ocidental. Como nas duas reuni�es anteriores, realizadas em fevereiro na Tun�sia e em abril em Istambul, a R�ssia, tradicional aliada da S�ria, se recusou a participar. �s v�speras da reuni�o, surgem d�vidas sobre sua capacidade para mudar as coisas. "� rid�cula esta multiplica��o de reuni�es que terminam em fiasco. Isto demonstra o desassossego dos ocidentais e de certos pa�ses �rabes: n�o t�m nada importante a propor. O que pode fazer com que as coisas mudem � a situa��o na S�ria", considera Joseph Bahout, professor do Instituto de Ci�ncias Pol�ticas de Paris, opini�o compartilhada com as de outros especialistas. Para fazer Damasco ceder, os pa�ses ocidentais e �rabes do grupo esperavam chegar a Paris com uma posi��o de consenso com China e R�ssia. Mas o acordo obtido no s�bado em Genebra em uma reuni�o do Grupo de A��o sobre a S�ria (do qual fazem parte, entre outros, os cinco membros permanentes do Conselho de Seguran�a) provoca diverg�ncias radicais de interpreta��o. Este grupo entrou em acordo sobre o princ�pio de uma transi��o com um governo do qual poderiam fazer parte membros do atual governo e da oposi��o, sem evocar explicitamente a sa�da do presidente s�rio. Para Fran�a e Estados Unidos, este texto d� garantias para uma transi��o sem o dirigente s�rio. Por sua vez, a R�ssia, que se op�e a uma sa�da for�ada de Assad, considera que cabe aos s�rios decidir sobre seu futuro. O chanceler russo, Serguei Lavrov, acusou certos pa�ses ocidentais de tentar "distorcer" o acordo. A oposi��o s�ria rejeitou os resultados da reuni�o de Genebra. O opositor Conselho Nacional S�rio reiterou que n�o aceitar� nenhuma iniciativa "que n�o convoque claramente a sa�da de Bashar al-Assad". "Pedimos que a reuni�o de Paris gere uma posi��o mais decisiva ap�s o fracasso de Genebra", declarou Monzer Majus, um de seus representantes. O CNS exige uma resolu��o da ONU que obrigue o regime s�rio a aplicar o plano Annan e a cria��o de enclaves protegidos por uma zona de exclus�o a�rea, lembrou Majus. Para tentar apresentar em Paris uma posi��o comum sobre a transi��o, os opositores se reuniram na segunda e ter�a-feira no Cairo. Mas, salvo em rela��o � partida de Assad, esta reuni�o serviu, sobretudo, para mostrar suas divis�es.