A vota��o no Conselho de Seguran�a da ONU da resolu��o sobre a S�ria, prevista para esta quarta-feira, foi adiada para a manh� de quinta-feira, a pedido de Kofi Annan, que ainda espera um acordo com Moscou, indicaram diplomatas.
Segundo o embaixador chin�s Li Baodong, as negocia��es v�o prosseguir com o objetivo de se chegar a "um acordo sobre um documento consensual".
Contudo, o embaixador franc�s, G�rard Araud, afirmou que as negocia��es devem ser focadas em "uma resolu��o sob o Cap�tulo VII, com uma amea�a de san��es". "Neste contexto, estamos prontos para negociar".
Ele disse que espera uma evolu��o da posi��o da R�ssia, que expressou claramente a sua contrariedade em rela��o ao texto ocidental.
Araud havia indicado, momento antes, que a R�ssia e a China n�o haviam feito proposta alguma de emenda ao texto ocidental. "Para negociar � necess�rio subst�ncia, o que, at� o momento, n�o houve nesta reuni�o", afirmou.
A embaixadora americana, Susan Rice, afirmou n�o ter ouvido nada de novo dos russos. "Tivemos uma discuss�o �til, mas eu n�o a caracterizaria de negocia��o", declarou.
O cap�tulo VII da Carta das Na��es Unidas prev� medidas coercitivas para pressionar um pa�s a acatar uma decis�o da ONU. A resolu��o apresentada por Fran�a, Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Reino Unido evoca unicamente eventuais san��es econ�micas e diplom�ticas - e n�o o uso da for�a -, caso o Ex�rcito s�rio continue a utilizar suas armas contra a oposi��o.
Foi a pedido do emiss�rio da ONU e da Liga �rabe, Kofi Annan, que este adiamento foi decidido, segundo diplomatas. Annan "acredita que � poss�vel chegar a um acordo com a R�ssia sobre uma resolu��o" e os ocidentais "n�o podem negar-lhe um pouco de tempo", explicou um diplomata ocidental.
Kofi Annan retornou para Genebra ap�s uma visita a Moscou, onde reuniu-se na ter�a-feira com o presidente Vladimir Putin e o Ministro das Rela��es Exteriores, Sergei Lavrov.
Ele exortou nesta quarta-feira os membros do Conselho a se unirem e a agirem com for�a para acabar com a viol�ncia na S�ria. "A viol�ncia cometida hoje ressalta a necessidade urgente de uma a��o decisiva do Conselho", afirmou.
Ter�a-feira � noite, diplomatas ocidentais previram que uma vota��o do Conselho resultaria em um duplo veto russo e chin�s, o terceiro desde o in�cio da crise s�ria, em mar�o de 2011.
Moscou se op�e �s san��es contra a S�ria e apresentou um projeto de resolu��o rival, mas que tem poucas chances de ser adotado. "Quanto �s san��es, n�o podemos aceitar", reiterou Lavrov nesta quarta-feira.
O Conselho tem at� sexta-feira para aprovar uma resolu��o sobre o destino dos 300 observadores da Miss�o de Observa��o da ONU na S�ria (Misnus), cujo mandato expira na mesma data. Os ocidentais querem aumentar sua press�o sobre Damasco, enquanto a R�ssia simplesmente quer prorrogar a miss�o.
No terreno, os combates se intensificaram na capital desde domingo e um ataque nesta quarta-feira matou tr�s importantes autoridades s�rias, incluindo o cunhado do presidente Bashar al-Assad, atingindo a Defesa do regime.