Damasco rejeita proposta �rabe de sa�da de Assad do poder

A S�ria rejeitou nesta segunda-feira (23) a proposta da Liga �rabe de uma sa�da negociada do poder do presidente Bashar al-Assad. "Lamentamos que a Liga �rabe tenha se rebaixado a este n�vel perante um pa�s membro desta institui��o. A decis�o pertence ao povo s�rio, que � o �nico dono de seu destino", afirmou em Damasco o porta-voz da chancelaria, Jihad Makdesi. "Se as na��es �rabes que se encontraram em Doha fossem honestas sobre sua vontade de parar com o banho de sangue, elas teriam parado de fornecer armas... elas parariam de instigar e fazer propaganda", disse. "Todos os seus comunicados s�o hip�critas". A Liga �rabe convocou nesta segunda-feira (23) Assad a deixar o poder para acabar com os confrontos que atingem todo o pa�s. "H� um acordo sobre a necessidade de uma ren�ncia r�pida do presidente Bashar al-Assad", afirmou o primeiro-ministro do Qatar, sheik Hamad bin Khalifa Al-Thani, � imprensa no fim de uma reuni�o ministerial em Doha. A Liga �rabe tamb�m convocou o rebelde Ex�rcito S�rio Livre a formar um governo de transi��o de unidade nacional. "Convocamos a oposi��o e o Ex�rcito S�rio Livre a formar um governo de unidade nacional", disse Al-Thani ao fornecer os resultados do encontro da Liga �rabe. Ele pediu que Assad tome a decis�o "corajosa" com o objetivo de salvar seu pa�s, onde fortes combates continuam sendo travados entre tropas do governo e rebeldes. A crise

Os conflitos armados na S�ria j� duram 16 meses e mataram pelo menos 17 mil pessoas. Desde mar�o de 2011, opositores do governo do presidente s�rio, Bashar Al Assad, tentam tomar o poder. A oposi��o a Assad reivindica sua ren�ncia, mais liberdade pol�tica e de express�o no pa�s. Assad reage utilizando as For�as Armadas. A imprensa estrangeira tem dificuldades de acesso ao pa�s. As organiza��es n�o governamentais informam que a S�ria vive um clima de guerra. O n�mero de refugiados aumenta diariamente. A Cruz Vermelha Internacional teme o agravamento da situa��o. O porta-voz do Minist�rio de Rela��es Exteriores do pa�s, Jihad Makdissi, disse nesta segunda-feira (23) que a S�ria s� usar� suas armas qu�micas se tiver de enfrentar "agress�o externa", e nunca as utilizar� contra civis . "A S�ria nunca usar� (armas qu�micas) contra s�rios, n�o importa o que aconte�a", disse Makdissi em entrevista � imprensa transmitida pela televis�o estatal. O porta-voz afirmou que as armas est�o sendo protegidas pelo Ex�rcito s�rio e acrescentou que a seguran�a em Damasco est� melhorando. UE amplia san��es A Uni�o Europeia (UE) decidiu nesta segunda-feira (23) refor�ar suas san��es contra o poder na S�ria e o controle do embargo � venda de armas para acentuar a press�o contra o regime de Bashar al-Assad, anunciou � AFP uma fonte diplom�tica. No in�cio de uma reuni�o de ministros das Rela��es Exteriores da UE em Bruxelas foi alcan�ado um acordo para acrescentar 26 pessoas e tr�s novas entidades � lista negra da UE e para fortalecer o embargo sobre as armas mediante controles refor�ados, segundo a fonte. O acordo ainda deve ser oficialmente ratificado pelos ministros. "Vamos proibir a companhia a�rea s�ria de aterrissar na Europa e vamos inscrever outras pessoas na lista de san��es", indicou o ministro das Rela��es Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn. "O que ocorre na S�ria � terr�vel", afirmou a representante da diplomacia da UE, Catherine Ashton. "A UE deve continuar com suas san��es, que s�o uma parte importante da press�o", explicou. Jean Asselborn, por sua vez, declarou-se contr�rio a entregar armas � oposi��o. "Sou contra isto, j� que vai prolongar o conflito", declarou. "Uma interven��o militar (estrangeira) n�o � poss�vel porque daria vantagem a Bashar al-Assad, que pode atacar, mas espero que isto n�o dure muito tempo", prosseguiu o chefe da diplomacia de Luxemburgo. "O regime vai cair, n�o sabemos quando, mas devemos nos preparar para depois", declarou seu hom�logo sueco Carl Bildt.