O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta quarta-feira que o jornalista australiano Julian Assange, fundador e editor-chefe do site dedicado a vazamento de documentos secretos WikiLeaks, est� disposto a ir � Su�cia responder a acusa��es de viol�ncia sexual, mas o governo equatoriano exige garantias de que ele n�o ser� extraditado a um terceiro pa�s.
Correa esclareceu que o Equador n�o pretende interferir de nenhuma maneira nas decis�es da justi�a sueca e disse que o asilo a Assange jamais teria sido concedido por seu governo se o australiano tivesse exclusivamente a inten��o de esquivar do processo na Su�cia.
"Assange sempre disse: quero responder, que me interroguem na Embaixada do Equador em Londres ou em Estocolmo e eu d� a minha vers�o dos fatos", relatou Correa em conversa com jornalistas em Quito. "Mas com a garantia de que ele n�o ser� extraditado a um terceiro pa�s", prosseguiu o presidente equatoriano.
Assange est� refugiado h� pouco mais de dois meses na Embaixada do Equador em Londres. A pol�cia brit�nica cerca a representa��o diplom�tica com a inten��o de prender Assange e extradit�-lo para a Su�cia. O temor, no entanto, � de que a Su�cia seja apenas uma ponte para que Assange seja posteriormente extraditado para os Estados Unidos.
O jornalista australiano ganhou os holofotes internacionais h� dois anos, quando o WikiLeaks vazou centenas de milhares de telegramas e documentos oficiais contendo segredos diplom�ticos e militares dos EUA.
Em rela��o � amea�a brit�nica de invadir a embaixada para fazer cumprir a ordem de extradi��o, Correa disse que o di�logo passou a ocorrer em n�veis mais baixos de hierarquia e comentou que o impasse pode se arrastar por tempo indeterminado se o Reino Unido n�o conceder um salvo-conduto.
"Depois de tamanha amea�a, tamanha grosseria, os di�logos baixaram muit�ssimo de n�vel. H� contatos, mas de n�vel m�dio", comentou Correa. O Equador, no entanto, continua aberto a negocia��es e a expectativa, segundo ele, � de que o di�logo com o Reino Unido seja retomado logo e o impasse n�o se estenda por tempo indeterminado.
Correa afirmou ainda que o governo equatoriano est� estudando as op��es legais para conseguir que o Reino Unido conceda salvo-conduto a Assange.