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Estado de Minas

Dois inc�ndios em f�bricas deixam mais de 300 mortos no Paquist�o


postado em 12/09/2012 13:07 / atualizado em 12/09/2012 14:22

 

Incêndio alcançou grandes proporções (foto: AFP PHOTO/Asif HASSAN )
Inc�ndio alcan�ou grandes propor��es (foto: AFP PHOTO/Asif HASSAN )

Pelo menos 310 pessoas morreram em dois inc�ndios que destru�ram uma f�brica t�xtil e outra de sapatos nas duas maiores cidade do Paquist�o, sinais da fragilidade do setor industrial local.

O primeiro inc�ndio, que teve in�cio no in�cio da noite de ter�a-feira em uma unidade de produ��o de sand�lias de pl�stico de Lahore (regi�o leste do pa�s, com 10 milh�es de habitantes) provocou 21 mortes, segundo um �ltimo levantamento das autoridades locais.

O segundo atingiu uma f�brica t�xtil de Karachi (sul do Paquist�o), metr�pole de 17 milh�es de habitantes e pulm�o do setor industrial do pa�s. As autoridades haviam anunciado uma dezena de mortos ter�a-feira � noite, mas o n�mero multiplicou-se rapidamente.

"O n�mero de v�timas � agora de 289 mortos", declarou � AFP uma autoridade de Karachi, Roshan Shaikh, elevando para ao menos 310 o n�mero total de mortes nos dois incidentes. Os bombeiros tiveram dificuldade para chegar ao t�rreo e subsolo do pr�dio.

"Os bombeiros encontraram dezenas de cad�veres em uma grande �rea do subsolo da f�brica, informou � AFP Ehtesham Salim, chefe do corpo de bombeiros da cidade. "� por isso que o n�mero de mortos n�o para de aumentar", explicou.

Este � o pior inc�ndio da hist�ria de Karachi, destacou uma fonte do minist�rio da Sa�de da prov�ncia de Sindh.

O subsolo ficou completamente queimado. Uma fuma�a espessa e um forte calor ainda eram sentidos na manh� desta quarta-feira. As v�timas morreram intoxicadas antes que as chamas queimassem os corpos, destacou Salim.

Ind�stria local vulner�vel Segundo Tariq Zaman, funcion�rio do governo, o inc�ndio de Lahore foi provocado por uma falha do gerador el�trico.

As causas da cast�trofe de Karachi ainda n�o foram esclarecidas. Mas, como regularmente acontece em casos parecidos no Paquist�o, a falta de seguran�a e precariedade dos locais s�o comuns.

"A f�brica n�o foi constru�da de maneira s�lida. Estava superlotada. Havia pouco espa�o para ventila��o e n�o tinha sa�das de emerg�ncia", acrescentou Salim. "Infelizmente o propriet�rio da f�brica trancou todas as portas, menos a de entrada na frente do pr�dio", detalhou.

"Havia entre 600 e 700 pessoas na f�brica quando o inc�ndio come�ou... n�s acreditamos que v�rias pessoas conseguiram escapar, mas achamos que o n�mero de v�timas ainda vai aumentar", disse � AFP Irfan Moton, presidente da Associa��o das Ind�strias da Prov�ncia de Sindh.

O ministro da Ind�stria anunciou a abertura de uma investiga��o por neglig�ncia criminosa contra os propriet�rios dos locais que foram colocados em uma lista especial proibindo-os de deixar o pa�s. As autoridades tamb�m ordenou que os propriet�rios paguem uma compensa��o financeira �s fam�lias das v�timas.

Cerca de 60 trabalhadores escaparam das chamas pulando das janelas. "Foi terr�vel. De repente, tudo foi envolvido por chamas e fuma�a e o calor era t�o intenso que corremos para as janelas, quebramos a porta de metal e vidro, e pulamos", relatou � AFP Mohammed Saleem, 32 anos, que quebrou a perna ao pular do segundo andar.

Mohammed Yaqoob, 40 anos, n�o sabe se pode se considerar sortudo. Ter�a-feira, ele se sentia febril e decidiu n�o ir trabalhar. "Mas quando vi imagens de nossa f�brica na TV, eu corri para o local, na esperan�a de encontrar meu irm�o", contou.

Sem not�cias de seu irm�o, Mohammed foi para o hospital. "Eu vi muitos corpos, mas n�o consegui identificar nenhum deles de t�o carbonizados", disse, enxugando as l�grimas.

O primeiro-ministro Raja Pervez Ashraf apresentou condol�ncias �s fam�lias das v�timas das duas trag�dias, que evidenciam a vulnerabilidade do setor manufatureiro paquistan�s, um dos pilares da economia do pa�s de mais 180 milh�es de habitantes e fortemente limitado por problemas de produ��o de energia.


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