O presidente do Paraguai, Federico Franco, disse ontem (18) que os chamados brasiguaios (fazendeiros e empres�rios brasileiros que moram em territ�rio paraguaio) ter�o garantias de seguran�a para poderem investir no pa�s. Franco recomendou que eles enviem mensagens aos parentes no Brasil informando que ter�o os direitos garantidos e preservados. Nos �ltimos anos, os brasiguaios se queixam de discrimina��o e persegui��o pelos paraguaios.
"Diga aos seus parentes no Brasil que o Paraguai � um pa�s est�vel, pac�fico e progressor", disse Franco, durante visita � fazenda do brasileiro Joacir Repossi, em Santa Rita, a uma dist�ncia de 330 quil�metros de Assun��o, capital paraguaio. “Foram quatro anos de marginaliza��o", ressaltou ele, ao lembrar que a �rea onde est�o os brasileiros concentra a maior produ��o de soja do pa�s.
Franco agradeceu pela colabora��o dos brasileiros que investem no pa�s. Segundo ele, os brasiguaios s�o respons�veis por transformar o Paraguai em um dos maiores exportadores de soja e de carne da Am�rica Latina. “O Paraguai jamais, nunca, ser� transformado em pot�ncia sem a presen�a de colonos brasileiros", disse.
Os n�meros envolvendo a comunidade de brasileiros no Paraguai variam. Os brasiguaios consideram todas as fam�lias, por isso chegam a 350 mil, os produtores rurais paraguaios avaliam 110 mil e o governo trabalha com 6 mil.
Os brasiguaios relatam que sofreram persegui��o nos �ltimos anos e ficaram impedidos de trabalhar. A maioria vive nas �reas de fronteira do Brasil com o Paraguai e se queixa da falta de apoio das autoridades paraguaias.
H�, entre os brasiguaios, grandes, m�dios e pequenos produtores rurais. Mas todos reclamam das tens�es no campo. Eles contam que s�o amea�ados por carperos (sem-terra paraguaios) e sofrem discrimina��o porque n�o s�o paraguaios.