(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ch�vez acredita estar curado e pronto para governar at� 2019


postado em 30/09/2012 13:03

O presidente venezuelano, Hugo Ch�vez, acredita estar curado do c�ncer e se sente com for�as para governar pelo menos at� 2019, caso ven�a as elei��es de 7 de outubro, afirmou em uma entrevista exclusiva � AFP no s�bado durante uma caravana eleitoral a bordo de um caminh�o.

"Eu acredito que sim, sinto-me muito bem", disse Ch�vez questionado sobre a completa recupera��o de sua doen�a, enquanto o ve�culo descoberto passava por uma multid�o de partid�rios que queria se proximar de seu l�der em Guarenas, uma cidade dormit�rio ao leste de Caracas.

"Se n�o me sentisse com for�as, n�o estaria aqui. Inclusive, vamos trabalhar em um ritmo mais acelerado", ressaltou o presidente venezuelano, de 58 anos, bebendo caf� e saudando as pessoas, especialmente crian�as e jovens.

Algumas mulheres choravam ao v�-lo passar e outras jogavam cartas com pedidos que eles responder� pacientemente. "O que voc� acha que eles sentem?", perguntou Ch�vez, que durante quase 14 anos de governo conquistou o apoio das classes populares, com programas sociais financiados com a renda do petr�leo.


O presidente � o favorito nas pesquisas de inten��o de voto para sua terceira reelei��o no domingo, dia 7, � frente do l�der opositor Henrique Capriles Radonski.

Um c�ncer descoberto em 2011, cuja natureza foi tratada em absoluto sigilo, afastou Ch�ves por longos per�odos da vida p�blica. Seu retorno coincidiu com o in�cio, em julho, da campanha eleitoral contra Capriles, de 40 anos, um ex-governador que diminuiu a diferen�a nas pesquisas depois de v�rias viagens pelo pa�s para fazer campanha "corpo a corpo".

Ch�vez reconheceu que diminuiu o ritmo da atividade: "Nos primeiros anos de governo n�o descansava nada, mas o seu corpo vai reclamando e voc� tem que ir reduzindo".

No entanto, o com�cio em Guarenas foi uma nova demonstra��o de for�a. "Por que voc� est� chorando, menino?" perguntou Ch�vez para uma crian�a de oito que o abra�ou durante a caravana. "Porque te amo", disse o menino.

O presidente est� absolutamente confiante na derrota de Capriles e defendeu uma vit�ria a mais ampla poss�vel. "A coisa mais importante � aumentar a dist�ncia para consolidar a revolu��o" socialista, disse.

Admitiu que n�o conseguiu acabar com a depend�ncia das receitas do petr�leo, que representam mais de 90% das divisas na Venezuela, um pa�s com uma das maiores reservas mundiais, por isso pediu mais um mandato.

"Este � um modelo que tem 100 anos, temos avan�ado, mas � algo progressivo, � preciso tempo para colocar a economia no caminho certo", declarou.

Ele tamb�m reconheceu "erros na implementa��o de planos que n�o deram certo como deveriam, especialmente nos servi�os p�blicos", em um pa�s com falhas graves de fornecimento de �gua e eletricidade e com uma infra-estrutura em um estado prec�rio.

"O poder nacional n�o pode lidar com tudo. Eu n�o posso me ocupar, por exemplo, da coleta de lixo", desculpou-se.

"Precisamos de mais efici�ncia pol�tica, social, econ�mica. Temos massificado a educa��o, mas agora falta a qualidade", disse o presidente, lembrando que o analfabetismo diminuiu drasticamente desde que chegou ao poder (de 9,1% em 1999 para 4,9% em 2011, de acordo com n�meros oficiais).

Ele defendeu as medidas radicais de sua "revolu��o socialista", descritas como os programas mais bem sucedidos da esquerda na Europa.

"Olha como est� a Espanha. Realmente d�i. Muitas coisas que eu falei com (o ex-primeiro-ministro socialista Jos� Luis Rodr�guez) Zapatero. Infelizmente, eles n�o avan�aram em seus projetos de esquerda e perderam a elei��o (em 2011) para os moderados", sentenciou.

A Venezuela avan�a para um Estado comunista? "Vamos concentrar o poder do povo nos pr�ximos anos, para que seja o povo que conduza sua pr�pria vida, seu pr�prio trabalho", disse.

Mas excluiu compara��es com a Cuba dos irm�os Castro, regime com quem mantem rela��es estreitas, especialmente com Fidel, seu mentor: "Cuba � Cuba e Venezuela, Venezuela, dois modelos, duas hist�rias diferentes".

Ch�vez, que diz que a oposi��o personifica uma "extrema-direita" com planos "ocultos" para acabar com as miss�es sociais se chegar ao poder, mostrou, por outro lado, disposi��o para acolher seus detratores ap�s a elei��o.

"Eu sempre fa�o isso, mas eles est�o sempre confusos. Eu fiz ap�s o golpe de Estado (realizado contra ele em 2002) e pensaram que era fraqueza e ent�o veio a greve do petr�leo" no ano seguinte que, tamb�m sem sucesso, tentou derrub�-lo, enfatizou.

Este presidente, que se ganhar as elei��es vai avan�ar para a consolida��o de duas d�cadas no poder, n�o exclui a aposta em um novo mandato em 2019: "Vamos ver", comentou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)