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Estado de Minas

Ex�rcito e rebeldes na S�ria anunciam tr�gua para o Eid Al-Adha


postado em 25/10/2012 16:17

Negociadores usaram a trégua proposta por Lakdhar Brahimi para negociar com o governo sírio(foto: AFP PHOTO / KHALED DESOUKI)
Negociadores usaram a tr�gua proposta por Lakdhar Brahimi para negociar com o governo s�rio (foto: AFP PHOTO / KHALED DESOUKI)
O regime e os rebeldes na S�ria aceitaram nesta quinta-feira suspender temporariamente as opera��es militares a partir de sexta-feira durante a festa mu�ulmana do Eid al-Adha, mas o sucesso deste cessar-fogo, aparentemente negociado pelo mediador da ONU, parece incerto. Os rebeldes, que j� haviam recebido positivamente a tr�gua proposta por Lakdhar Brahimi, asseguraram que t�m "o direito de responder" a ataques das tropas do regime. O Ex�rcito s�rio tamb�m anunciou seu consentimento formal � tr�gua para a festa mu�ulmana do sacrif�cio, da sexta-feira de manh� at� segunda-feira, mas tamb�m se reserva o direito de responder em caso de ataques a civis e �s for�as governamentais ou de ataques contra bens p�blicos e privados. Mas a Frente Al-Nusra, um grupo islamita que reivindicou atentados contra o regime, rejeitou a tr�gua. Se este cessar-fogo for efetivamente estabelecido, ser� o primeiro a ser respeitado na S�ria, mergulhada desde meados de mar�o 2011 em uma revolta popular que se tornou um conflito armado devido � repress�o. No dia 12 de abril, um cessar-fogo proclamado por iniciativa de Kofi Annan, antecessor de Brahimi, havia sido aceito pelas duas partes em conflito. Mas o acordo durou apenas algumas horas, mesmo que os combates tenham perdido intensidade por algum tempo. "Viemos para passar o Eid com voc�s" No terreno, os rebeldes aumentaram o controle sobre Aleppo, a segunda maior cidade da S�ria que vive intensos combates h� mais de tr�s meses. De acordo com moradores de Achrafiy�, bairro de maioria curda no norte de Aleppo, cerca de 200 rebeldes penetraram nesta quinta-feira no in�cio da manh� no norte desta �rea, que vinha sendo poupada dos combates e onde vivem muitos refugiados. Devido a um acordo t�cito, nem os rebeldes nem o Ex�rcito tinham entrado at� o momento em Cheikh Maqsoud e em Achrafiy�, bairros controlados pelas for�as curdas. "Franco-atiradores entraram nos pr�dios e cerca de cinquenta homens armados, vestidos de preto e usando na cabe�a faixas com lemas isl�micos, ocuparam uma escola", relatou um habitante. "Eu ouvi alguns deles dizerem aos moradores: 'Viemos para passar o Eid com voc�s'", acrescentou. O Eid al-Adha � uma das festas mais sagradas dos mu�ulmanos. Aos embaixadores dos 15 pa�ses membros do Conselho de Seguran�a, o emiss�rio da Liga �rabe e da ONU ressaltou que o cessar-fogo, caso seja respeitado, ser� um "pequeno passo" para uma poss�vel abertura de um di�logo pol�tico e para um melhor acesso humanit�rio. Mas, ap�s 19 meses de um conflito que j� causou a morte de mais de 35.000 pessoas, segundo uma ONG s�ria, a desconfian�a entre os dois lados � tanta que Brahimi declarou que "n�o pode garantir que a tr�gua ser� bem-sucedida", de acordo com um diplomata. O cessar-fogo, de qualquer maneira, traria um pouco de descanso para uma popula��o que sofre constantemente com a viol�ncia. O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) afirmou que est� pronto, em caso de tr�gua, para enviar ajuda a milhares de fam�lias em locais at� o momento inacess�veis. "Apenas sobrevivemos" "N�s apenas sobrevivemos. Eu pedi dinheiro emprestado para o meu irm�o s� para comer. As escolas est�o fechadas em Aleppo e as crian�as ficam em casa durante todo o dia. Eu nem deixo que elas comprem doces de tanto medo", disse � AFP uma m�e de 36 anos. Na prov�ncia de Damasco, o Ex�rcito, que tenta ganhar terreno, bombardeou Harasta e seus arredores, enquanto combates foram travados no sul da capital. Duzentos quil�metros a leste de Aleppo, os rebeldes tomaram ao amanhecer o controle de um posto do Ex�rcito que estava cercado h� dias em Raqa. Os combatentes mataram tr�s soldados e recuperaram armas e um tanque, segundo o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH). Na mesma prov�ncia, um padre que negociava a liberta��o de um m�dico crist�o foi encontrado enforcado, segundo moradores e o patriarca ortodoxo. Enquanto isso, a R�ssia, forte aliada de Damasco, acusou os Estados Unidos de coordenarem e garantirem apoio log�stico para a entrega de armas aos rebeldes s�rios, apesar de Washington assegurar que n�o fornece nenhum tipo de ajuda militar � rebeli�o s�ria. "Os Estados Unidos asseguram a coordena��o e o apoio log�stico" das entregas de armas para "grupos armados ilegais", declarou a diplomacia russa em um comunicado. A nova comiss�ria da ONU, Carla del Ponte, integrante da Comiss�o de Investiga��o sobre viola��es dos direitos humanos na S�ria, declarou que deseja identificar as autoridades respons�veis pelos crimes contra a Humanidade e por crimes de guerra cometidos neste pa�s, enquanto a comiss�o ainda espera ser recebida por Damasco.


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