
V�rios incidentes mortais minaram o cessar-fogo em diferentes regi�es da S�ria, poucas horas depois de sua entrada em vigor nesta sexta-feira, embora a viol�ncia tenha diminu�do.
"A tr�gua n�o foi cumprida em v�rias regi�es da S�ria, mas apesar disso h� menos viol�ncia e menos v�timas do que o habitual", declarou � AFP Rami Abdel Rahman, presidente do Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH).
Depois de uma noite de viol�ncia, a manh� foi marcada pela morte de cinco pessoas em Homs (centro) e na regi�o de Damasco. Antes do cessar-fogo, diariamente eram contabilizados mais de 100 mortes, principalmente devido aos ataques da For�a A�rea.
Ex�rcito e rebeldes prometeram na quinta-feira respeitar a tr�gua proposta pelo mediador internacional Lakhdar Brahimi, durante os quatro dias do Eid al-Adha, a festa mu�ulmana do sacrif�cio, mas cada parte se reservou o direito de resposta.
Entre os insurgentes, a Frente al-Nusra, que reivindicou v�rios ataques na S�ria, rejeitou categoricamente o cessar-fogo, e seus combatentes partiram no in�cio da manh� para atacar a base militar de Wadi Deif, na periferia de Maaret al-Nooman (noroeste), de acordo com o OSDH.
O Ex�rcito respondeu bombardeando a aldeia vizinha de Deir Charqui, de acordo com o OSDH.
A televis�o estatal exibiu imagens do presidente Bashar al-Assad chegando sorridente e descontra�do em uma mesquita de Damasco para as preces de sexta-feira.
Aproveitando a tranquilidade, militantes contr�rios ao regime protestaram em Damasco e por todo o pa�s.
O OSDH registrou protestos em Raqa, onde as for�as de seguran�a usaram bombas de g�s lacrimog�neo, e na prov�ncia de Deraa (sul), principalmente em Inkhel, onde tr�s pessoas foram feridas por tiros.
Segundo militantes, marchas tamb�m foram organizadas em Damasco, Aleppo (norte), Deir Ezzor (leste) e na prov�ncia de Idleb (noroeste), sob os gritos de Assad: "Traidor, covarde, voc� destruiu a S�ria".
Contactado por telefone na Turquia, o general Moustapha al-Cheikh, l�der do comando militar do Ex�rcito S�rio Livre (ESL), principal for�a de oposi��o armada, relatou disparos contra manifestantes em v�rias regi�es.
"Impedir as manifesta��es atirando contra a multid�o � uma viola��o da tr�gua. Temos mostrado mais modera��o do que o regime, porque no momento queremos dar uma chance para a tr�gua", disse � AFP.
Pelo menos cinco pessoas morreram na manh� desta sexta-feira, sendo tr�s em Harasta e uma em Erbine, nos sub�rbios de Damasco, bem como um em Khaldiy�, bairro rebelde de Homs, segundo o OSDH.
Um v�deo postado por ativistas em Homs mostra uma fuma�a negra ap�s a queda de cinco morteiros. "Homs est� sendo destru�da no primeiro dia do Eid", narra um dos militantes.
Al�m disso, foram registrados confrontos em Assali, bairro do sul de Damasco, e em Sayeda Zeinab, na periferia da capital, e a explos�o de um carro-bomba no bairro de Tadamoun, que n�o causou v�timas.
Um morador do campo de refugiados palestino de Yarmouk, no sul de Damasco, afirmou ter ouvido tiros, mas n�o determinou a origem.
Vias que ligam Damasco a seus sub�rbios foram cortadas e apenas os militares foram autorizados a passar, indicou um motorista de t�xi.
Confrontos tamb�m foram travados em Tall Kalakh, perto da fronteira com o L�bano.