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Estado de Minas ELEI��ES NOS EUA

As posi��es dos dois concorrentes � Casa Branca sinalizam o rumo que o pa�s vai seguir

Saiba o que pensam Barack Obama e Mitt Romney sobte economia, sa�de, imigra��o e pol�tica externa


postado em 05/11/2012 07:31 / atualizado em 05/11/2012 07:40

Entre eventos de campanha, planos de governo, discursos e debates, o presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, que briga pela reelei��o, e seu advers�rio, o republicano Mitt Romney, posicionaram-se sobre diversos temas que sinalizam como ser�o as tomadas de decis�o nos pr�ximos quatro anos na Casa Branca, dependendo do inquilino. No centro da campanha presidencial, a economia dominou as aten��es.

A principal diverg�ncia entre o Partido Republicano (que tem o elefante como mascote) e o Partido Democrata (simbolizado pelo burro) est� na participa��o do governo na �rea econ�mica. Enquanto democratas defenderam o papel estatal como fundamental para o fortalecimento da economia norte-americana, republicanos viram a� um problema e se mostraram contr�rios � ideia.

Depois da economia, o tema que mais inflamou a campanha foi a sa�de. Os candidatos demonstraram vis�es extremamente opostas em como lidar com o assunto. Obama se baseou na proposta apresentada por ele e aprovada em 2010, conhecida como o Ato do Cuidado Acess�vel. A reforma passou a ser chamada pelos republicanos de ‘Obamacare’ e usada pelos conservadores do partido como o maior s�mbolo de tudo que acreditam estar errado com a Presid�ncia democrata. Em junho deste ano, a Suprema Corte confirmou parte essencial da lei de sa�de de Obama, que obriga as pessoas a adquirirem um plano de sa�de. Romney prometeu aboli-la se for eleito.

BARACK OBAMA

(foto: AFP PHOTO/Jewel Samad )
(foto: AFP PHOTO/Jewel Samad )
Prometeu investir bilh�es de d�lares provenientes de impostos para tentar reduzir a taxa de desemprego. Entre as propostas apresentadas est�o a oferta de cr�dito em impostos para as companhias que mais empregarem e o incentivo �s ind�strias que mantiverem as contrata��es no pa�s. O presidente prop�s tornar trabalhadores norte-americanos mais competitivos — com treinamentos em centros integrados entre faculdades e empresas, sob o apoio do governo. A proposta, segundo ele, abriria 1 milh�o de vagas no setor industrial em quatro anos. Sobre o d�ficit nacional que passa dos US$ 16 trilh�es, o presidente anunciou um plano que, segundo ele, reduziria a d�vida em US$ 5,3 trilh�es em uma d�cada.

Com o Ato do Cuidado Acess�vel aprovado em 2010, apesar da oposi��o republicana, o presidente prometeu implementar o plano com a ajuda dos estados, em um eventual segundo mandato. Uma senten�a da Suprema Corte de junho deste ano avalizou o programa, mas decidiu que Washington n�o pode penalizar os governos estaduais por se recusarem a expandir os programas Medicaid e Medicare (sobre os quais rege o ato). V�rios governadores j� se manifestaram contr�rio � expans�o. Os republicanos, que chamam a lei de Obamacare, dizem que ela obriga os americanos a contratarem um seguro-sa�de sob risco de puni��o. A Corte entendeu que n�o se trata de multa, mas de impostos, os encargos atribu�dos a ela.

Promessa de campanha em 2008, a reforma imigrat�ria n�o foi implementada durante seu governo. Em junho, ele anunciou a diretiva que suspendeu a deporta��o de jovens imigrantes sem documentos, com menos de 30 anos, que tenham se graduado no ensino m�dio ou prestado servi�o militar nos EUA. Reconheceu que o sistema de imigra��o no pa�s est� "quebrado" e prometeu medidas para uma pol�tica "mais justa". Disse que procurar� trabalhar com o Congresso por uma reforma da imigra��o mais ampla e pela aprova��o do Dream Act — um projeto bipartid�rio que prev� a legaliza��o de jovens imigrantes graduados ou que tenham servido �s for�as armadas norte-americanas.

�rea em que apresentou algumas das principais promessas cumpridas, o presidente se vangloriou de ter encerrado a Guerra do Iraque, iniciado a retirada das tropas do Afeganist�o e matado o principal terrorista da �ltima d�cada, Osama bin Laden. Ele se op�s ao modelo unilateral de seu predecessor George W. Bush e buscou uma aproxima��o com outros pa�ses e com organismos multilaterais. Este ano, definiu a nova estrat�gia militar do pa�s e assinalou que o foco seria a presen�a na regi�o da �sia-Pac�fico. O presidente defendeu a sa�da do ditador s�rio, Bashar al-Assad, mas sem o envolvimento militar dos EUA. Com as atrocidades aumentando na S�ria, Obama passou a enfrentar cr�ticas crescentes, especialmente da direita americana, por n�o tomar atitude. N�o apresentou uma pol�tica espec�fica para a Am�rica Latina ou o Brasil, tema que passou praticamente despercebido durante
sua campanha.

O presidente manifestou forte apoio ao direito do aborto nos �ltimos anos. Em 2008, disse que se oporia a qualquer proposta de emenda constitucional com o objetivo de derrubar a decis�o da Suprema Corte, conhecida como o caso "Roe contra Wade", que legalizaria o aborto na maioria dos casos. O site de sua campanha afirma que ele est� comprometido a "manter limites estritos" ao financiamento federal para o aborto. Em seu governo, uma decis�o do Departamento de Sa�de passou a obrigar institui��es religiosas a oferecerem meios de controle de natalidade a funcion�rias, despertando muitas cr�ticas.

Em maio, pela primeira vez, declarou-se abertamente a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Com seu posicionamento, sua administra��o estabeleceu que n�o defenderia a constitucionalidade da Lei de Defesa do Casamento (que considera legal apenas a uni�o entre homem e mulher). Seu governo estabeleceu que o Ato de Licen�a M�dico-Familiar valeria para todos os trabalhadores, inclusive homossexuais.


MITT ROMNEY
(foto: Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
(foto: Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
Experiente homem de neg�cios, disse querer diminuir os impostos e a regula��o para tornar o setor privado mais flex�vel para investir e contratar. Afirmou ser contr�rio ao uso de dinheiro de arrecada��o para estimular contrata��es. Prometeu reduzir as taxas individuais de impostos a 20% e buscar compensa��es para a perda da receita federal, eliminando dedu��es. Mas foi criticado por n�o especificar como seriam esses abatimentos. O republicano afirmou que suas pol�ticas — baseadas em um plano de cinco pontos — poderiam criar 12 milh�es de novos empregos em quatro anos. Ele prop�s baixar, em um ano, os gastos federais de 24% para 20% de toda a atividade econ�mica do pa�s, e reduzir o funcionalismo p�blico federal em 10%. Apesar de n�o especificar em quanto diminuiria o d�ficit do pa�s, prometeu que o ajustaria em uma d�cada ou menos.

O candidato se op�s ao Ato do Cuidado Acess�vel e prometeu remov�-lo caso seja eleito. Defendeu que cada estado deve criar sua pr�pria pol�tica para os que n�o t�m um seguro-sa�de. O programa criado por ele enquanto ainda governava o estado de Massachusetts (2003 – 2007), por�m, foi uma das principais inspira��es do projeto democrata. Uma das propostas do republicano em um eventual governo � fornecer incentivos fiscais �s pessoas que comprarem a cobertura privada de sa�de por conta pr�pria. Romney defendeu a eleva��o gradual da idade para o recebimento de benef�cios dos programas de assist�ncia p�blica (Medicare e Medicaid) e da previd�ncia (social security).

Anunciou planos de incentivo � imigra��o legal de "talentos" ao pa�s e de concess�o de vistos de trabalho tempor�rio para o setor agr�cola e outros de demandas sazonais. Disser ter como meta a conten��o da imigra��o ilegal e uma de suas principais estrat�gias para isso seria refor�ar as fronteiras norte-americanas com "cercas de alta tecnologia". Anunciou a cria��o de um sistema de verifica��o obrigat�rio para garantir que somente imigrantes legais sejam contratados no mercado de trabalho americano. Defendeu que jovens imigrantes ilegais levados ao pa�s ainda quando crian�as possam receber permiss�o de resid�ncia, e "eventualmente cidadania", se prestarem servi�o militar do pa�s.

Criticou o presidente por ter "falhado" na lideran�a de temas internacionais — como o conflito entre palestinos e israelenses, as ambi��es nucleares do Ir� e a S�ria. Apesar das censuras, suas propostas se mostraram pouco diferentes das de Obama. Com rela��o � S�ria, ele defendeu armar rebeldes da oposi��o, mas n�o falou em envolvimento militar dos EUA no conflito. Acusou o presidente de negligenciar o maior aliado americano no Oriente M�dio, Israel, e apontou a R�ssia como a "principal amea�a geopol�tica" aos EUA. No �ltimo debate entre os candidatos, por�m, disse que a grande amea�a aos americanos seria, na verdade, a rede terrorista Al-Qaeda. Romney expressou apoio � transi��o democr�tica no Oriente M�dio, mas alertou que grupos extremistas apoiados pelo Ir� estariam tentando tirar vantagem dos protestos. Com rela��o � Am�rica Latina e ao Brasil, tamb�m n�o mostrou uma pol�tica espec�fica, mas o candidato disse ver na regi�o um potencial econ�mico alternativo � China.

Seus assessores o descrevem como "pr�-vida" . Ele afirmou que poderia apoiar medidas para alterar a decis�o do caso "Roe contra Wade" e que a legisla��o sobre abortos deveria ser mantida nos n�veis estaduais. Em 2011, no entanto, se recusou a endossar uma dura medida contra aborto proposta por uma organiza��o conservadora dos EUA.

Ao contr�rio de Obama, afirmou que apoiar� uma emenda constitucional para definir o casamento como uma uni�o entre um homem e uma mulher. Na campanha, endureceu sua ret�rica contra relacionamentos homossexuais, dizendo ser contr�rio a casamentos e uni�es civis. Por outro lado, o ex-governador de Massachusetts nunca se op�s a nenhum benef�cio a casais de mesmo sexo.


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