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Estado de Minas

Opera��o militar na Arg�lia termina com 49 mortes e liberta 600 ref�ns

Dentre os mortos, 34 seriam ref�ns estrangeiros


postado em 17/01/2013 17:37 / atualizado em 17/01/2013 17:48

Local onde ocorreu operação militar que resultou em 49 mortos(foto: KJETIL ALSVIK / STATOIL / AFP)
Local onde ocorreu opera��o militar que resultou em 49 mortos (foto: KJETIL ALSVIK / STATOIL / AFP)

O ex�rcito argelino lan�ou nesta quinta-feira uma opera��o militar de resgate das centenas de pessoas mantidas ref�ns em um campo de explora��o de g�s por um grupo extremista ligado � Al-Qaeda, que lan�ou m�o deste recurso para exigir o fim da interven��o francesa no Mali.

Uma fonte islamita anunciou a morte de pelo menos 34 ref�ns estrangeiros e 15 sequestradores, ap�s um ataque do ex�rcito argelino, que conseguiu libertar 600 argelinos, retidos por um comando islamita no campo de g�s localizado no sudeste da Arg�lia, segundo a ag�ncia argelina APS.

O ministro argelino das Comunica��es, Mohamed Said, confirmou que alguns ref�ns em m�os dos islamitas armados morreram ou ficaram feridos durante o ataque, mas n�o mencionou cifras.

Mohamed Said disse, al�m disso, que houve "um n�mero importante de ref�ns libertados e, infelizmente, mortos e feridos", e que n�o � poss�vel dar cifras definitivas.

"A opera��o continua", afirmou Said em uma declara��o ao vivo a um canal de l�ngua francesa, na primeira rea��o oficial desde o in�cio da opera��o.

"Trinta e quatro ref�ns e 15 sequestradores morreram em um bombardeio (a�reo) do ex�rcito argelino", declarou um porta-voz do grupo islamita � ag�ncia mauritana Nouakchott Information (ANI). O chefe do grupo isl�mico atacante, Abu Al Baraa, est� entre os mortos, segundo a fonte.

Outros sete ref�ns ocidentais - tr�s belgas, dois americanos, um japon�s e um brit�nico - continuam vivos e sobreviveram ao ataque do ex�rcito argelino, acrescentou.

Quatro ref�ns estrangeiros foram libertados nesta interven��o contra os islamitas que pedem o fim da interven��o francesa no Mali. Segundo a APS, tratam-se de dois brit�nicos, um franc�s e um queniano. A fonte tamb�m anunciou a liberta��o de 600 ref�ns argelinos.

Para Dublin, um ref�m com passaporte irland�s origin�rio da Irlanda do Norte recuperou a liberdade e se encontra "s�o e salvo".

No campo de explora��o de g�s do Saara argelino, 1.300 km a sudeste de Argel, helic�pteros do ex�rcito deste pa�s abriram fogo, segundo a ANI.

Os islamitas entrincheirados no campo de g�s tamb�m informaram que o ex�rcito argelino tinha lan�ado um ataque terrestre. "Avi�es de combate e unidades terrestres iniciaram uma tentativa de tomar � for�a o complexo", informou um porta-voz dos sequestradores � ANI, que amea�ou "matar todos os ref�ns" se as for�as argelinas entrassem no campo de g�s.

O porta-voz islamita afirmou que o comando estava tentando "levar os ref�ns a um local mais seguro a bordo de ve�culos" quando o ex�rcito argelino o bombardeou.

Mais de 24 horas ap�s o in�cio do sequestros, o n�mero exato bem como a nacionalidade dos ref�ns s�o imprecisos. Mas haveria a princ�pio mais de 40 ocidentais, entre eles sete americanos, dois brit�nicos, assim como japoneses, um irland�s, um noruegu�s e pelo menos 150 argelinos.

Antes do ataque do ex�rcito argelino, 15 ref�ns estrangeiros conseguiram fugir, noticiou a emissora privada argelina Ennahar.

Pouco antes, 30 argelinos sequestrados tamb�m tinham conseguido escapar, segundo a prefeitura da regi�o, pr�xima � fronteira com a L�bia.

A Arg�lia excluiu qualquer negocia��o com os sequestradores, que disseram proceder do vizinho Mali e reagir � "cruzada das for�as francesas no Mali".

 

Repres�lia pelo Mali


Os sequestradores se apresentaram como os "Signat�rios pelo Sangue", nome da katina (unidade combatente) do argelino Mokhtar Belmokhtar, apelidado de "o caolho" ou "Senhor Marlboro" por seus supostos tr�ficos de cigarros.

Embora os atacantes tenham assegurado vir do Mali, situado a mais de 1.200 km de dist�ncia, o ministro argelino do Interior desmentiu e afirmou que eram da regi�o e desejavam "sair do pa�s com os ref�ns, o que n�o � aceit�vel para as autoridades argelinas".Segundo um funcion�rio local que pediu para ter sua identidade preservada e teve acesso �s conversas com os sequestradores, eles "pedem a liberta��o de 100 terroristas detidos na Arg�lia" em troca dos ref�ns.

De acordo com especialistas, em vista de sua complexidade, semelhante opera��o foi preparada h� tempos, antes da interven��o francesa no Mali, apesar de ser apresentada como repres�lia � guerra que Paris trava no pa�s africano.

A Fran�a anunciou esta quinta-feira a decis�o de refor�ar sua mobiliza��o no Mali, com o envio de 1.400 militantes suplementares e de helic�pteros de combate. Um novo confronto ocorreu � noite entre soldados franceses e malinenses contra combatentes islamitas perto de Konna (centro).

A tomada desta cidade em 10 de janeiro pelos islamitas que ocupavam o norte provocou os bombardeios a�reos franceses e em seguida posteriores opera��es terrestres.

Entretanto, em Bamaco, a chegada de um primeiro contingente nigeriano da for�a de interven��o da �frica ocidental ocorrer� esta quinta-feira.

Perto de 2.000 soldados da Misma (For�a Internacional de apoio do Mali) ser�o mobilizados antes de 26 de janeiro em Bamako, segundo decidiram na quarta-feira os chefes de Estado maior da Comunidade Econ�mica dos Estados da �frica Ocidental (CDEAO).


Rea��es variadas


O presidente franc�s Fran�ois Hollande apoiou a a��o em andamento, embora a tenha classificado de opera��o dram�tica.

"O que acontece na Arg�lia justifica ainda mais a decis�o que tomei em nome da Fran�a de ajudar o Mali em conformidade com a Carta das Na��es Unidas e a pedido do presidente desse pa�s", assinalou Hollande. "Trata-se de por fim a uma agress�o terrorista e permitir que os africanos se mobilizem para preservar a integridade territorial de Mali".

O ministro franc�s das Rela��es Exteriores, Laurent Fabius, considerou que os pa�ses europeus poder�o colocar � disposi��o soldados para a interven��o contra os islamitas armados no Mali.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, tamb�m afirmou que v�rios pa�ses europeus n�o excluem um apoio militar � Fran�a, sem mencionar envio tropas ou soldados.

J� o primeiro-ministro brit�nico, David Cameron, lamentou n�o ter sido informado da opera��o militar do ex�rcito argelino.

"O governo argelino est� a par que ter�amos preferido ser consultados com anteced�ncia", enfatizou um porta-voz do governo.

O Jap�o, por sua vez, exigiu que Arg�lia cesse imediatamente a opera��o militar. Um porta-voz do governo informou que o primeiro-ministro Shinzo Abe, que se encontra em Bangcoc, ligou para seu colega argelino para expressar sua "profunda preocupa��o" a prop�sito da opera��o militar em curso.

Por fim, a Casa Branca expressou sua preocupa��o em rela��o � opera��o na Arg�lia.

"Obviamente estamos preocupados com a informa��o sobre a perda de vidas humanas", afirmou o porta-voz do presidente Barack Obama, Jay Carney. "Tentaremos pedir esclarecimentos ao governo argelino", acrescentou.


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