Tropas especiais do Ex�rcito argelino capturaram ontem cinco radicais isl�micos escondidos nas instala��es do complexo de explora��o de g�s Tiguentourine, pr�ximo � cidade de In Amenas, no meio do Saara. Outros tr�s extremistas conseguiram fugir, segundo a emissora de televis�o privada Ennahar. Um dia ap�s a ofensiva final das tropas estatais, que, segundo os dados preliminares havia resultado na morte de sete ref�ns, soldados encontraram mais 25 corpos de v�timas dos sequestradores. A identidade e nacionalidade n�o foram reveladas. Levantamento inicial divulgado s�bado pelo Minist�rio do Interior da Arg�lia informava a morte de 23 ref�ns e 32 extremistas isl�micos nos tr�s dias de ocupa��o de Tiguentourine pelos terroristas.
A opera��o terrorista, que teve in�cio na madrugada de quarta-feira e envolveu o sequestro de mais de 600 pessoas, foi reivindicada ontem pelo radical isl�mico Mokhtar Belmokhtar, conhecido como Caolho. "N�s, da Al-Qaeda, anunciamos essa aben�oada opera��o", disse ele em um v�deo citado pela Sahara Media – o site n�o disponibilizou a grava��o para que a informa��o fosse checada.
A r�pida e unilateral decis�o argelina de atacar as instala��es onde os terroristas mantinham ref�ns foi questionada pela opini�o p�blica, mas, por outro lado, l�deres internacionais se esfor�aram para demonstrar apoio ao governo. "A responsabilidade dessas mortes pesa diretamente nos terroristas que promoveram esse ataque cruel e covarde", afirmou David Cameron, premi� brit�nico. No s�bado, o presidente americano, Barack Obama, tamb�m culpou os terroristas. O franc�s Fran�ois Hollande ressaltou que a resposta foi adequada. Para Jean-Yves Le Drian, ministro franc�s de Defesa, o sequestro foi "um ato de guerra".
MALI O conflito que se estende entre as fronteiras dos Estados do Norte africano � antigo e prospera devido � pouca fiscaliza��o, explica o professor de rela��es internacionais da Universidade de Bras�lia Jos� Fl�vio Sombra Saraiva. "H�, a�, um enorme deserto onde o il�cito tem todas as condi��es de progredir e h� campos de terrorismo como esse que a Al-Qaeda estabeleceu", analisa. Especialistas justificam a interven��o no Mali como uma preocupa��o contra a cria��o de um novo Afeganist�o, apelidado de Africanist�o. Questionado sobre o assunto, o ministro das Rela��es Exteriores da Fran�a, Laurent Fabius, disse que, diferentemente do pa�s do Oriente M�dio, o Mali vive um regime democr�tico. "O �nico ponto em comum – entre o Mali e o Afeganist�o – � a batalha contra o terrorismo", rebateu.
As tropas francesas que participam da interven��o na antiga col�nia partiram, ontem, em uma ofensiva por terra at� a cidade de Diabali, abandonada pelos rebeldes isl�micos ap�s dias de intensos bombardeios. Organiza��es como a Human Rights Watch (HRW) denunciaram as primeiras reclama��es de abusos cometidos pelo Ex�rcito malin�s, que incluem assassinatos. "Os excessos e pris�es ocorreram em v�rios lugares, inclusive em Bamaco", informou Mohamed Oumrani, presidente da Alian�a da Comunidade �rabe no Mali, em coletiva.
Com medo de novas a��es terroristas, o Canad� determinou a retirada imediata de todos os seus cidad�os do pa�s e informou que apenas uma equipe essencial permanecer� em Bamaco. Os Estados Unidos autorizaram seus funcion�rios a deixarem a Arg�lia e pediram refor�o de seguran�a nas embaixadas e escrit�rios na regi�o.