A viol�ncia continua na S�ria, mas a R�ssia, grande aliada do regime, denunciou nesta quarta-feira a "obsess�o" da oposi��o por derrubar o presidente Bashar al-Assad o que impede, segundo ela, uma solu��o pol�tica para o conflito.
Segundo balan�o provis�rio do Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH), 48 pessoas morreram em bombardeios e combates em todo o pa�s, incluindo um casal e seus tr�s filhos em Aleppo.
Homs, a "capital da revolu��o", continua a ser bombardeada pelo ex�rcito que cerca h� mais de seis meses v�rios bairros rebeldes, indicou a ONG. Este cerco provocou uma grave crise humanit�ria na regi�o.
No noroeste do pa�s, os habitantes de Al-Hamama se refugiaram em grutas nas fal�sias para escapar dos ataques da avia��o do regime.
"Alguns morteiros ca�ram do lado da minha casa explodindo as janelas. Ent�o decidi levar minha fam�lia para viver nesta gruta", contou Abdallah Bedaui, 32 anos.
Mais ao sul, o ex�rcito bombardeou a periferia de Damasco, enquanto violentos combates foram travados entre opositores e rebeldes nas regi�es de Deraa (sul) e Idleb (noroeste).
A guerra devastou muitas regi�es e tem afetado a produ��o agr�cola, indicou a Organiza��o da ONU para Alimenta��o e Agricultura (FAO), fazendo um apelo para socorrer este setor que � fonte de renda para oito milh�es de s�rios.
Provocado pela repress�o a uma contesta��o popular contra o regime de Assad, em mar�o de 2011, o conflito se transformou em guerra civil e j� causou a morte de mais de 60.000 pessoas.
Ele perdura devido � "obsess�o" da oposi��o e da rebeli�o em derrubar Assad, considerou o chefe da diplomacia russa, Sergue� Lavrov.
"Enquanto esta posi��o irreconcili�vel continuar, nada de bom pode acontecer", declarou, colocando em evid�ncia as diverg�ncias entre russos, iranianos e chineses de um lado e ocidentais e �rabes do outro.
Moscou j� havia afirmado que a sa�da de Assad era "imposs�vel", enquanto a oposi��o exige sua queda para qualquer negocia��o.
O presidente russo Vladimir Putin prometeu fornecer ajuda financeira e humanit�ria a Beirute, que afirma precisar de 363 milh�es de d�lares para responder a entrada de refugiados s�rios no pa�s.
Ele acrescentou que far� tudo "o poss�vel" para "ajudar na realiza��o de uma confer�ncia internacional" sobre os refugiados.
Mais de 650.000 s�rios deixaram o pa�s desde mar�o de 2011, segundo a ag�ncia da ONU para os Refugiados (Acnur).
A Turquia, que acolhe mais de 200.000 refugiados e onde um 17º campo est� sendo constru�do, assegurou que "nunca fechar� suas fronteiras".