O Ex�rcito s�rio anunciou nesta quarta-feira � noite que a avia��o israelense havia "bombardeado diretamente" no in�cio da manh� um centro militar de pesquisas situado entre Damasco e a fronteira libanesa.
"Um avi�o de combate israelense violou nosso espa�o a�reo ao amanhecer e bombardeou diretamente um centro de pesquisas para aperfei�oamento da resist�ncia e da autodefesa na regi�o de Jomrayah, na prov�ncia de Damasco", afirmou o Ex�rcito em um comunicado divulgado pela ag�ncia oficial Sana.O Ex�rcito indicou dois funcion�rios mortos e cinco feridos neste centro, que ficou "parcialmente destru�do"."Israel coopera com os pa�ses hostis ao povo s�rio e com seus aliados no interior (da S�ria) para atacar locais vitais e militares do Estado s�rio na tentativa de enfraquecer sua atua��o de apoio � resist�ncia", acusa o governo no comunicado.
O Ex�rcito acrescenta "que grupos terroristas tentaram em v�o em diversas oportunidades nos �ltimos meses entrar e tomar o local". O regime identifica os rebeldes como terroristas armados e financiados no exterior.
Este ataque prova "a todos que Israel � o motor, o benefici�rio e, talvez, o autor dos atos terroristas contra a S�ria e seu povo resistente, em coordena��o com os pa�ses que apoiam o terrorismo, liderados pela Turquia e pelo Qatar", acrescenta o Ex�rcito.O comunicado explica tamb�m que "os avi�es de combate israelenses penetraram (na S�ria) voando a uma altitude superior � detectada pelos radares".
Moradores das imedia��es de Damasco haviam dito anteriormente � AFP que m�sseis tinham atingido na ter�a, por volta das 23h30 (19h30 de Bras�lia), um centro de pesquisas de armas n�o convencionais.Segundo eles, o centro localizado em Al-Hameh, cerca de quinze quil�metros a noroeste de Damasco, foi atingido por seis m�sseis que o destru�ram parcialmente, causando um inc�ndio e deixando pelo menos dois mortos.
Um v�deo divulgado na internet por militantes contr�rios ao regime da regi�o mostra explos�es ocorridas � noite.Procurado pela AFP, uma porta-voz do Ex�rcito israelense se negou a fazer coment�rios.
O Ex�rcito s�rio nega essas informa��es em seu comunicado, afirmando que nenhum comboio foi atingido e que Israel � culpado de uma "agress�o contra a soberania s�ria" que "n�o enfraquecer� a resist�ncia".O Ex�rcito liban�s indicou o sobrevoo particularmente intenso de seu territ�rio, afirmando que 16 avi�es de combate israelenses haviam entrado no espa�o a�reo liban�s durante a ter�a-feira.
O Ex�rcito israelense deslocou no domingo duas baterias do sistema antim�sseis C�pula de ferro para o norte do pa�s para uma eventual a��o militar contra alvos na S�ria e no L�bano.Em Washington, a Casa Branca e o Departamento de Estado se recusaram a comentar a a��o israelense. O chefe do servi�o de intelig�ncia militar israelense, general Aviv Kochavi, est� em Washington, onde se reuniu com o oficial americano de mais alta patente, o general Martin Dempsey, indicaram � AFP duas autoridades americanas da Defesa.
Ainda nesta quarta, o chefe da coaliz�o opositora s�ria, Ahmed Moaz al-Khatib, surpreendeu ao afirmar que est� disposto a negociar, sob condi��es, com representantes do regime de Damasco."Em sinal de boa vontade por uma solu��o pol�tica para a crise e para abrir caminho a um per�odo de transi��o que acabe com o derramamento de sangue, anuncio que estou disposto a negociar diretamente com representantes do regime s�rio no Cairo, em T�nis ou em Istambul", afirmou Khatib.
Khatib estabeleceu duas condi��es: a liberta��o "das 160.000 pessoas" presas durante a revolta contra o regime e a renova��o dos passaportes dos s�rios no exterior por parte das embaixadas para que n�o sejam detidos em sua volta ao pa�s.Apesar de ter assegurado que se tratava de uma posi��o pessoal, essas declara��es provocaram a rejei��o de parte da oposi��o, principalmente do Conselho Nacional S�rio (CNS), principal componente da Coaliz�o.
O CNS ressaltou em um comunicado que esta atitude "n�o reflete a posi��o da Coaliz�o e vai de encontro aos princ�pios fundamentais da Coaliz�o (...) que rejeita dialogar com o regime assassino".O presidente s�rio, Bashar al-Assad, havia proposto no in�cio de janeiro um plano de sa�da da crise que previa um di�logo nacional em Damasco, acrescentando que n�o negociaria com aqueles que pegaram em armas contra o regime. A oposi��o havia rejeitado imediatamente essa proposta e imposto como condi��o para qualquer di�logo a sa�da Assad.
Ter�a-feira, a oposi��o tolerada pelo regime indicou estar preparada para um di�logo para aplicar o acordo de Genebra que prev� uma transi��o na S�ria.No terreno, 102 pessoas morreram nesta quarta-feira, entre elas 35 civis, segundo uma organiza��o n�o-governamental s�ria. O conflito deixou mais de 60.000 mortos desde mar�o de 2011, segundo a ONU.
Nesta quarta, em uma reuni�o promovida pela ONU no Kuwait, cerca de 60 pa�ses participantes prometeram doar um total de 1,5 bilh�o de d�lares em ajuda humanit�ria aos s�rios.