Cerca de 80 corpos de jovens executados foram encontrados nesta ter�a-feira na cidade s�ria de Aleppo, no mais recente massacre neste pa�s em guerra, a algumas horas de um discurso do mediador internacional Lakhdar Brahimi na ONU.
No terreno, a viol�ncia n�o d� tr�gua, com a descoberta de dezenas de corpos em Aleppo, maior cidade do norte, assolada por combates entre soldados e insurgentes.
Na escola Yarmouk, para onde foram levados os cad�veres, Abou Seif, rebelde do Ex�rcito S�rio Livre (ESL), afirmou que 78 corpos tinham sido encontrados no rio Qouweiq e que ainda restavam por volta de trinta que o ESL n�o tinha conseguido retirar do local em raz�o da presen�a de atiradores emboscados.
"N�o sabemos quem eles s�o porque est�o sem seus documentos de identidade", declarou um volunt�rio que ajudava a colocar os corpos em um caminh�o. No ve�culo, um correspondente da AFP contou quinze cad�veres.
O Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH), que se baseia em uma rede de militantes e m�dicos, indicou "65 corpos n�o identificados encontrados em Boustane al-Kasr", bairro mantidos em poder dos rebeldes.
"Com idades em torno de 20 anos, eles foram executados com tiros na cabe�a. Vestidos com roupas comuns, a maioria tinha as m�os atadas nas costas", acrescentou. Eles foram retirados do rio que separa Boustane al-Kasr e Ansari, bairro que tamb�m foi tomado pelos rebeldes.
O regime "jogou-os no rio para que chegassem � �rea sob nosso controle, para que as pessoas acreditassem que fomos n�s que os matamos", afirmou Abou Seif.
Mas uma autoridade dos servi�os de seguran�a afirmou � AFP que os corpos s�o de "cidad�os de Boustane al-Kasr que foram sequestrados por grupos terroristas depois de terem sido acusados de serem a favor do regime". O governo identifica os rebeldes como "terroristas".
Corpos jogados no rio
"Suas fam�lias tentaram negociar (sua liberta��o) v�rias vezes com os grupos terroristas", disse, acrescentando: "Eles foram executados na noite de segunda para ter�a-feira e seus corpos foram jogados no rio".
Rebeldes e regime trocam acusa��es por massacres, mas n�o � poss�vel confirmar as informa��es por fontes independentes.
Em outras partes do pa�s, os insurgentes avan�aram em Deir Ezzor (leste), tomando um posto da intelig�ncia pol�tica e de duas pontes sobre o rio Eufrates, na estrada utilizada pelo Ex�rcito para a passagem de provis�es para a cidade de Hassak�, mais ao norte, indicou o OSDH.
"Se os rebeldes mantiverem seu avan�o, eles conquistar�o uma vit�ria estrat�gica porque a cidade � a chave de toda a prov�ncia (de mesmo nome) que abriga os principais campos de petr�leo e g�s do pa�s", afirmou � AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
Os rebeldes controlavam tamb�m quase toda a pris�o central de Idleb (noroeste), segundo a ONG. Uma fonte dos servi�os de seguran�a confirmou que os soldados tinham se retirado na segunda-feira � noite da pris�o e que os detentos foram transferidos para as sedes dos servi�os de seguran�a na cidade.
Em Damasco, um deputado ficou gravemente feridos na explos�o de uma bomba colocada em seu carro, de acordo com o OSDH.
Segundo um registro provis�rio do OSDH, a viol�ncia deixou nesta ter�a 91 mortos: 38 civis, incluindo seis crian�as, 30 soldados e 23 rebeldes.
Um dia antes do in�cio de uma confer�ncia de doadores no Kuwait para desbloquear recursos em favor dos civis s�rios, organiza��es de caridade prometeram 182 milh�es de d�lares em ajuda e os Estados Unidos anunciaram mais 155 milh�es de d�lares.