O chanceler argentino, H�ctor Timerman, rejeitou nesta quinta-feira a proposta de seu hom�logo brit�nico, William Hague, de realizar em Londres uma reuni�o trilateral com representantes do governo das Ilhas Malvinas, que tem sua soberania disputada por ambos os pa�ses, e lembrou que se trata de um conflito bilateral.
"Voc� n�o pode ignorar que as Na��es Unidas, sua Assembleia Geral e seu Comit� de Descoloniza��o decidiram que a Quest�o Malvinas � um conflito de soberania entre o Reino Unido e a Argentina que deve ser resolvido por meio do di�logo entre ambos os pa�ses. A comunidade internacional n�o aceita uma terceira parte nesta disputa", afirmou Timerman.Hague havia proposto ao ministro argentino "vir ao Foreign Office para se reunir com o ministro das Rela��es Exteriores e com representantes do governo brit�nico e do governo das Ilhas Falklands", nome dado � ilha pelos brit�nicos, declarou um porta-voz da pasta brit�nica.
"Tanto atrav�s de nossa Embaixada em Londres como em uma carta pessoal, manifestei o meu interesse de realizar uma reuni�o bilateral com voc� durante a minha pr�xima visita a Londres, por entender que voc� � o respons�vel pela pol�tica externa do Reino Unido. Lamento sua carta de ontem (quarta-feira) na qual ressalta que n�o pode se reunir sem a participa��o dos colonos malvinenses", indicou Timerman.O chanceler considerou que o convite de Hague representa a rejei��o a uma reuni�o bilateral e avaliou que isso ter� consequ�ncias para os interesses comuns.
Ambos os pa�ses travam uma disputa pela soberania do arquip�lago que o Reino Unido ocupa desde 1833.Em 1982, a Argentina, sob um governo militar, invadiu o territ�rio brit�nico, iniciando uma guerra de 74 dias que deixou 649 soldados argentinos e 255 brit�nicos mortos, e desde ent�o Buenos Aires canaliza suas reivindica��es pela via diplom�tica.
Os quase 3.000 habitantes das ilhas votar�o em referendo nos pr�ximos dias 10 e 11 de mar�o para se pronunciar sobre se desejam continuar sendo um Territ�rio de Ultramar do Reino Unido, em uma consulta rejeitada pela Argentina que considera os moradores das Malvinas uma "popula��o implantada".