Os ministros europeus da Agricultura se re�nem nesta quarta-feira em car�ter de emerg�ncia para analisar as medidas que devem ser adotadas ap�s o esc�ndalo provocado pela detec��o de carne de cavalo, comercializada como carne bovina em alimentos processados, sobretudo na lasanha.
No entanto, esclareceu que nenhuma decis�o ser� adotada nesta quarta-feira.
Na Alemanha, tamb�m h� suspeitas de que um fornecedor do estado federado da Ren�nia do Norte-Westf�lia, o mais populoso do pa�s, tenha recebido produtos de lasanha pr�-pronta com carne de cavalo.
A UE "deve atuar o quanto antes", ressaltou o ministro brit�nico do Meio Ambiente e Agricultura, Owen Paterson, em sua chegada � Bruxelas.
Paterson exortou a realiza��o "logo que poss�vel" amostras de DNA dos pratos preparados com carne em todos os Estados membros.
O presidente franc�s, Fran�ois Hollande, afirmou que o caso era "grave" e comemorou a decis�o dos ministros de assumir o comando do assunto.
Cada vez mais pressionada, a Comiss�o Europeia n�o descartou a possibilidade de tornar obrigat�ria a men��o sobre o local de origem da carne nas embalagens das comidas processadas.
"Sim, estamos considerando o assunto", disse o comiss�rio de Sa�de e Consumo, Tonio Borg, em uma coletiva de imprensa, ao se referir � possibilidade de mencionar "o local de origem dos pratos processados".
"Alguns pa�ses s�o a favor, outros acreditam que � complicado. Vamos ver se pode ser feito, se n�o � muito complicado. Deixo a porta aberta", afirmou.
Desde o esc�ndalo da "vaca louca", a carne bovina fresca deve mencionar sua origem. N�o � o caso para os produtos elaborados com carne, que t�m a obriga��o apenas de mencionar o tipo de carne utilizada.
Diante da envergadura do esc�ndalo, a Comiss�o Europeia se defendeu das crescentes acusa��es de falta de seguran�a alimentar.
Trata-se de um problema de fraude na rotulagem dos produtos, insistiu Borg.
"O fato desta carne ter cruzado v�rios pa�ses significa que alguns descumpriram a lei ou simplesmente cometeram uma fraude".
"Seria injusto e inapropriado para a UE converter este caso em um assunto de seguran�a alimentar sem ter provas", advertiu Borg.
"N�o se trata de uma falta de legisla��o, � sim que esta n�o foi cumprida. A lei � muito clara, se houver carne de cavalo na lasanha, isto deve estar inclu�do no r�tulo", disse.
O comiss�rio ressaltou que, at� o momento, n�o h� nenhum ind�cio de que se esteja diante de um problema de sa�de p�blica.
Bruxelas esclareceu que agiria apenas diante de um alerta sanit�rio, como ocorreu com a epidemia em 2011 da bact�ria E. coli, que atingiu mais de 4.000 pessoas e deixou 50 mortos.
Mas, se n�o houver risco sanit�rio, a compet�ncia recai sobre os Estados membros.
At� o momento, as investiga��es realizadas em v�rios pa�ses n�o esclareceram onde o erro ocorreu.