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Estado de Minas

Laborat�rio apresenta primeiro hamb�rguer produzido com c�lulas-tronco

Iguaria custa mais de R$ 760 mil e foi servida esta segunda-feira, em Londres. Defensores da inova��o acreditam que "carne in vitro" atender� � crescente demanda mundial pelo produto


postado em 05/08/2013 14:55 / atualizado em 05/08/2013 15:14

O cientista neozelandês Mark Post e sua criação - invenção pode solucionar o déficit de carne no mundo(foto: REUTERS/David Parry/pool )
O cientista neozeland�s Mark Post e sua cria��o - inven��o pode solucionar o d�ficit de carne no mundo (foto: REUTERS/David Parry/pool )

O primeiro hamb�rguer de carne fabricada em laborat�rio, a partir de c�lulas-tronco bovinas, pesa 142 gramas, custa 250 mil euros (mais de 760 mil reais) e foi servido e saboreado nesta segunda-feira em Londres.

Os criadores da carne apelidada de "Frankenburger" pela imprensa (uma refer�ncia ao monstro Frankenstein) esperam que a inven��o revolucione a ind�stria aliment�cia, j� que alegam que esta pode ser uma estrat�gia para garantir a sustentabilidade na produ��o de carnes.

Dois volunt�rios - a pesquisadora australiana especializada em alimentos Hanni Rutzley e o jornalista gastron�mico americano ¬ Josh Schonwald - foram escolhidos para provar o experimento diante da curiosidade de 200 jornalistas em um est�dio de TV decorado como um programa de culin�ria.

O peda�o de carne de 142 gramas foi preparado por um chef de cozinha brit�nico com �leo de girassol e manteiga, tendo sido servido em um prato com p�o, alface e tomate. As duas cobaias, que ingeriram apenas um ter�o do hamb�rguer, concordaram que a consist�ncia era muito semelhante � da carne, sem valorizarem o sabor abertamente. "Parece com carne", disse Rutzley depois de sua hist�rica primeira mordida. "N�o � t�o suculenta, mas a consist�ncia � perfeita", acrescentou.

Shonwald disse "sentir falta da gordura", mas disse que a mordida foi como a de um hamb�rguer regular.

O criador do experimento, o cientista neozeland�s Mark Post, da Universidade de Maastricht, destacou, por sua vez, que o objetivo da apresenta��o era "mostrar que pod�amos fazer isso, que a tecnologia existe. Mas, para melhor�-la, precisaremos, provavelmente, de 10 a 20 anos, para que o produto chegue ao supermercado", admitiu.

O professor e sua equipe passaram seis semanas fazendo o hamb�rguer a partir de 20 mil pequenas amostras de carne cultivada em laborat�rio. Os pesquisadores acrescentaram p�o ralado, sal e p� de ovo, al�m de suco de beterraba e enxofre para ajudar na cor.

Para os defensores do estudo, a produ��o de carne in vitro vai atender � crescente demanda pelo produto no mundo, especialmente nos pa�ses emergentes, garantindo o bem-estar dos animais sem provocar estragos ao meio ambiente.

De acordo com um relat�rio da Organiza��o das Na��es Unidas para a Agricultura e a Alimenta��o (FAO), a produ��o mundial de carne vai duplicar em 50 anos, de 229 milh�es de toneladas em 1999-2000 para 465 milh�es de toneladas em 2050, com a consequente press�o sobre os recursos naturais.

"Atualmente n�s empregamos 70% das nossas capacidades agr�colas na produ��o de carne. � f�cil entender que � preciso encontrar alternativas", destacou o Post, que defende que a produ��o de carne em laborat�rio tamb�m ir� reduzir as emiss�es de gases do efeito estufa gerados pelo gado.

Ciente do ceticismo que o projeto causar�, o co-fundador do Google, Sergey Brin, principal fonte de financiamento do projeto, disse em um v�deo de apoio que a t�cnica pode "transformar" o mundo.

De acordo com ele, a humanidade tem tr�s op��es: "que todos n�s nos tornemos vegetarianos", "ignorar" essas quest�es e suas consequ�ncias ou "fazer algo novo". "Algumas pessoas acreditam que isso � fic��o cient�fica, n�o � real. (...) Na verdade, eu acho que isso � bom", disse Brin atrav�s de um v�deo transmitido no in�cio do evento. "Estamos tentando criar a primeira carne de hamb�rguer de laborat�rio. Estou otimista de que podemos realmente avan�ar bastante".

Mas a produ��o de carne em laborat�rio, t�cnica estudada por centenas de pessoas ao redor do mundo, especialmente na Holanda e nos Estados Unidos, ainda est� em sua inf�ncia. "No futuro, talvez possamos reproduzir todos os cortes de um animal, mas ainda estamos longe", explicou Post.


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