
O presidente americano, Barack Obama, elogiou nesta ter�a-feira Nelson Mandela como um "gigante da hist�ria" que conquistou seu lugar na posteridade atrav�s da luta, de sua ast�cia e mostrando o poder da a��o pol�tica.
Obama apontou Mandela como um exemplo de como as pessoas podem alcan�ar uma mudan�a lutando por seus ideais e empregando a raz�o e a negocia��o combinados com sacrif�cio pessoal.
"� dif�cil elogiar qualquer pessoa... e � ainda mais dif�cil fazer isso com um gigante da hist�ria, que levou uma na��o em dire��o � justi�a", declarou Obama, depois de ter sido recebido com muitos aplausos pela multid�o presente, apesar da chuva, em um est�dio de Soweto durante uma cerim�nia em homenagem a Mandela.
"Ele n�o era um busto de m�rmore, ele era um homem de carne e osso", declarou Obama sobre o homem cujo exemplo inspirou sua pr�pria entrada na pol�tica quando ainda era um estudante.
"Nada do que ele conquistou foi inevit�vel. No arco de sua vida, vemos um homem que conquistou o seu lugar na hist�ria atrav�s de luta e ast�cia, persist�ncia e f�", ressaltou.
"Ele nos mostrou o poder da a��o, de correr riscos em nome de nossos ideais", disse.
Obama foi acompanhado na cerim�nia por outros tr�s ex-presidentes dos Estados Unidos, Jimmy Carter, George W. Bush e Bill Clinton, que estava sentado ao lado da ex-secret�ria de Estado Hillary Clinton.
Obama argumentou que, embora a morte de Mandela deva ser marcada por um momento de luto, tamb�m deve significar um momento de inspira��o, quando as pessoas analisam como podem mudar suas pr�prias vidas.
E tra�ou um paralelo entre o triunfo de Mandela sobre o sistema de apartheid racista e a jornada dos Estados Unidos rumo � justi�a racial.
"Michelle e eu somos os benefici�rios dessa luta", disse Obama, comparando o papel de Mandela na �frica do Sul com seus pr�prios her�is pol�ticos, incluindo os pais fundadores e o presidente assassinado Abraham Lincoln.
O presidente, que voou 16 horas para a cerim�nia, tamb�m criticou l�deres autorit�rios e inimigos dos Estados Unidos que afirmam abra�ar o legado de Mandela, mas n�o agem de acordo com seus ideais.
"H� muitos l�deres que dizem se solidarizar com a luta de Madiba pela liberdade, mas n�o toleram a dissid�ncia de seu pr�prio povo", declarou, em um coment�rio que pode ter sido destinado ao l�der cubano Raul Castro, que tamb�m discursou na cerim�nia.
Pouco antes de subir ao palco para discursar, Obama ofereceu um aperto de m�os hist�rico ao presidente cubano Ra�l Castro, indicou uma autoridade americana.
As imagens da televis�o sul-africana, que retransmitiu a cerim�nia de homenagem a Nelson Mandela, mostraram este aperto de m�o.
Barack Obama e Ra�l Castro trocaram algumas palavras antes de o presidente americano dar um abra�o em Dilma Rousseff, que estava ao lado do l�der cubano na galeria do est�dio Soccer City, em Soweto.
Washington rompeu rela��es diplom�ticas com Havana em 1961, ap�s a chegada ao poder de Fidel Castro, em 1959, e a nacionaliza��o de propriedades americanas na ilha.
Um embargo dos Estados Unidos foi imposto em 1962, sob a administra��o de John F. Kennedy.
No entanto, os dois pa�ses mant�m se��es de interesse que atuam como embaixadas.