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Estado de Minas

Esgotados, centenas de civis s�rios s�o resgatados de Homs

As imagens da televis�o mostraram o estado de extremo cansa�o das pessoas resgatadas, inclusive muitas mulheres, idosos e crian�as


postado em 09/02/2014 15:31 / atualizado em 09/02/2014 16:44

Centenas de civis s�rios foram retirados neste domingo dos bairros sitiados da cidade de Homs, apesar da viol�ncia que prejudicou a primeira opera��o humanit�ria em 20 meses nesta regi�o devastada pela guerra. Este esfor�o humanit�rio acontece na v�spera da segunda rodada de negocia��es entre o regime e os rebeldes s�rios sob a �gide da ONU em Genebra, dez dias ap�s uma primeira tentativa que n�o resultou em medidas concretas para acabar com o conflito, que j� deixou mais de 136 mil mortos em quase tr�s anos, segundo uma ONG.

Ap�s a retirada na sexta-feira de um primeiro grupo de 83 civis, em cumprimento ao acordo conclu�do entre rebeldes e regime por interm�dio da ONU, 611 civis, a maioria "mulheres, crian�as e idosos", deixaram os bairros da cidade velha de Homs (centro). Segundo o governador da prov�ncia de Homs, Talal Barazi, a opera��o foi dificultada por um morteiro que caiu sobre os bairros sitiados pelo ex�rcito desde junho de 2012, e que matou "cinco homens", segundo o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH).

Al�m disso, o Crescente Vermelho s�rio anunciou a distribui��o "de 250 pacotes de alimentos, 190 kits de higiene e rem�dios para doen�as cr�nicas", acrescentando que todos os seus funcion�rios e os da ONU conseguiram deixar Homs sem ferimentos. A organiza��o n�o apontou nenhuma das partes em conflito como respons�vel pelo ataque ao comboio humanit�rio. A ajuda foi entregue em �reas de Homs controladas pelos rebeldes e sitiadas pelas tropas do regime s�rio h� mais de 600 dias. Desde s�bado, as duas partes em conflito se acusam mutuamente de violar o cessar-fogo de tr�s dias e de atacar os comboios de ajuda humanit�ria.

As imagens da televis�o estatal s�ria mostravam o estado de extremo cansa�o dos civis resgatados neste domingo. Muitas mulheres, crian�as e idosos deixaram os bairros sitiados de �nibus, visivelmente esgotados, segundo as imagens exibidas pelo canal Al-Mayadeen, baseada em Beirute. Eles foram auxiliados por funcion�rios da ONU, com capacetes e coletes azuis, e do Crescente Vermelho s�rio, sob os olhares dos militares s�rios.

Nas imagens tamb�m � poss�vel ver crian�as p�lidas, algumas com os olhos fechados, carregadas pela m�e ou pai. "Faltava tudo, todas as crian�as est�o doentes, n�o t�nhamos nem mesmo o que beber", afirmou uma mulher, mostrando sinais de extrema fadiga, cercada por seus tr�s filhos.

Neste contexto, a ONU denunciou a viola��o da tr�gua, durante a qual deveriam acontecer as opera��es de evacua��o e fornecimento de ajuda urgente para aqueles que decidiram ficar na regi�o. "O acordo entre o regime e os rebeldes (...) foi violado. O cessar-fogo foi violado de maneira odiosa", denunciou o coordenador humanit�rio da ONU na S�ria, Yacoub El Hillo, em declara��es lidas � imprensa.

A tr�gua iniciada na sexta-feira deveria valer at� este domingo � noite. Mas no s�bado, tiros contra um comboio de ajuda do Crescente Vermelho s�rio fizeram cinco mortos e cerca de 20 feridos entre os habitantes. A chefe das opera��es humanit�rias da ONU, Valerie Amos, expressou em um comunicado sua "decep��o" ap�s a viola��o da tr�gua, insistindo que as Na��es Unidas ir�o continuar a "se esfor�ar o m�ximo poss�vel para levar ajuda para aqueles que necessitam".

"Esperamos que mais ajuda possa entrar na cidade e que os civis possam ser retirados em seguran�a, mas n�o sei se isso vai acontecer. Tememos novos bombardeios", declarou � AFP o ativista Abu Bilal, acrescentando que os ataques deste s�bado "deixaram 20 feridos, e n�o temos medicamentos suficientes para trat�-los".

Enquanto as opera��es continuam, bem como os confrontos no campo de batalha, o regime e a oposi��o se preparam para se reunir novamente em Genebra sob os ausp�cios do mediador internacional Lakhdar Brahimi, em uma nova tentativa de aproximar duas posi��es irreconcili�veis. O regime rejeita qualquer discuss�o sobre a sa�da do presidente Bashar al-Assad e insiste em tratar do "terrorismo", referindo-se � rebeli�o, enquanto, para a oposi��o, a quest�o da transi��o pol�tica sem Assad � primordial.

A delega��o do governo s�rio, conduzida pelo ministro das Rela��es Exteriores, Walid Muallem, j� chegou em Genebra para participar da segunda rodada de negocia��es.


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