
A chegada do papa Francisco aumentou a confian�a da Am�rica Latina na Igreja cat�lica, mas o n�mero de fi�is caiu 13% entre 1995 e 2014, segundo um estudo do instituto 'Latinobar�metro'. Nos �ltimos 18 anos, o n�mero de pessoas que se declaram cat�licas diminuiu de 80% para 67% na Am�rica Latina. Na Am�rica do Sul, a queda foi de 10% e na Am�rica Central 17%.
A confian�a na Igreja � superior a 60% em todos os pa�ses da regi�o, com exce��o do Uruguai (48%) e Chile (44%). Segundo a pesquisa, os latino-americanos confiam mais na fam�lia e, em segundo lugar, na Igreja Cat�lica.
"Os cat�licos recuperam a confian�a na Igreja, apesar dos esc�ndalos, provavelmente como consequ�ncia da chegada e lideran�a do papa Francisco", afirma o instituto privado Latinobar�metro, que tem sede em Santiago. Mas a pesquisa destaca que entre 2011 e 2013 "n�o h� um efeito 'papa Francisco' em toda a sociedade, e sim apenas na confian�a na Igreja Cat�lica".
A Am�rica Latina � a �nica regi�o do mundo que tem uma religi�o - o catolicismo - muito mais dominante que outras. O percentual de cat�licos aumenta de acordo que aumenta a idade - 61% dos jovens s�o cat�lico, enquanto entre os maiores de 60 anos representam 74% -, mas com os evang�licos acontece o contr�rio: entre os jovens h� 19% de fi�is e entre os maiores de 60 anos apenas 14%.
Os cat�licos aumentam quando maior o n�vel de educa��o, de 64% na educa��o b�sica a 72% no ensino superior, enquanto os evang�licos diminuem de 22% a 10% respectivamente. Ao mesmo tempo a pesquisa constata o avan�o dos evang�licos na Am�rica Central e um processo de seculariza��o constante no Chile e Uruguai. Chile e Uruguai tamb�m s�o os pa�ses com menor pr�tica religiosa. No Chile, o percentual de cat�licos caiu de 41% em 2010 para 27% em 2013.
Segundo o estudo, "os valores da inova��o, transpar�ncia, compet�ncia, perseveran�a, como pilares das sociedades modernas, n�o necessariamente s�o abra�ados pelas sociedades latino-americanas, onde prevalecem valores mais tradicionais como obedi�ncia, bons h�bitos e responsabilidade".
A pesquisa teve a colabora��o de v�rias consultorias e ouviu 20.200 pessoas em 18 pa�ses da Am�rica Latina. A margem de erro fica entre 2,8% e 3,5% dependendo do pa�s.