Cidade do M�xico – A despedida de Roberto Bola�os, criador do Chaves, ser� neste domingo no Est�dio Azteca, na Cidade do M�xico, com uma missa de corpo presente. O SBT vai interromper a programa��o para transmitir o funeral �s 14h, mas a transmiss�o come�ar� �s 11h, dentro do Domingo Legal, e ser� ancorada pelo jornalista Carlos Nascimento. O vel�rio tamb�m ocupar� o Programa de Eliana. O evento deve durar cinco horas e contar� com apresenta��es musicais e mensagens de personalidades.
No mesmo hor�rio em que iniciar� a cobertura do funeral, o SBT abrir�, no Memorial da Am�rica Latina, em S�o Paulo, uma exposi��o com um r�plica da vila de Chaves. A entrada � gratuita e os f�s poder�o deixar mensagens de despedida. Os programas de Bola�os foram exportados para mais de 25 pa�ses, e no Brasil se perpetuam em reprises desde os anos 1980, com uma dublagem que contribuiu ainda mais para o sucesso.
O Est�dio Azteca tem capacidade para mais de 100 mil pessoas e foi sede das Copas do Mundo de 1970 e de 1986. A homenagem est� sendo organizada pela emissora Televisa, onde Bola�os trabalhava. O corpo do ator foi transladado de Canc�n, cidade onde vivia, at� a capital mexicana. O cortejo, formado por alguns carros com familiares e amigos pr�ximos, seguiu at� a sede da emissora, onde foi realizada um cerim�nia religiosa fechada ao p�blico. Muitos f�s acompanharam o cortejo para dar seu �ltimo adeus ao comediante que encarnou o menino carente Chaves e o super-her�i atrapalhado Chapolin Colorado.
Por meio do Twitter, a fam�lia do ator enviou uma mensagem agradecendo ao p�blico pelo carinho com o ator: “Em nome da fam�lia, obrigado por tanto amor. Esperamos voc�s amanh� no Est�dio Azteca, a partir das 12h, para despedir dele. Os Bola�os.” O Am�rica, time para o qual torcia o ator, prestou uma homenagem ao �dolo ao entrar em campo ontem com uma bandeira e fazer um minuto de sil�ncio.
Bola�os morreu na sexta-feira, em sua casa em Canc�n, aos 85 anos. A causa da morte seria um ataque card�aco, mas h� tempos ele enfrentava a insufici�ncia respirat�ria e outros problemas de sa�de decorrentes do diabetes, como a dificuldade de locomo��o. Em suas �ltimas apari��es p�blicas, Bola�os sempre se deslocava com o aux�lio de uma cadeira de rodas.
Os mexicanos j� haviam se acostumado aos falsos an�ncios da morte de seu �dolo, por isso, a primeira rea��o foi de incredulidade quando a Televisa fez o an�ncio oficial em redes sociais. O que se seguiu foi uma avalanche sentimental. Bola�os � adorado no pa�s.
Ap�s a not�cia da morte de Bola�os, muitos f�s, tanto mexicanos como estrangeiros, se aglomeraram em frente � casa do comediante, famoso por frases como “foi sem querer querendo”. “ Ele era aut�ntico, engra�ado”, disse – com o rosto coberto de l�grimas – Sonia, uma turista chilena que estava no grupo mobilizando em frente � casa de Bola�os, na regi�o hoteleira de Canc�n.
“Sinto como se um familiar tivesse morrido e isso n�o aconteceu comigo com nenhum outro artista”, afirmou uma senhora, que preferiu n�o se identificar e deixou uma mensagem junto a um ramo de cris�ntemos brancos com os dizeres: “Se cada flor significasse um sorriso que o senhor nos presenteou, todas as flores do mundo n�o seriam suficientes”.
Na casa de Bola�os estavam a segunda mulher, a atriz Florinda Meza – estrela de suas s�ries –, dois irm�os e alguns dos seis filhos. “Obrigado por tanto, pai. Te amo”, escreveu no Twitter o filho Roberto G�mez Fern�n, produtor de televis�o. “Dizer adeus seria bobo, um at� breve apenas ser�...”, escreveu a filha Paulina G�mez.
O presidente mexicano, Enrique Pe�a Nieto, enviou uma mensagem de p�sames � fam�lia de Bola�os, acrescentando que “o M�xico perdeu um �cone, cujo trabalho transcendeu gera��es e fronteiras”. “Estou em estado de choque, jamais pensei que isto fosse me afetar tanto (...). Vou lembrar sempre do seu sorriso”, disse, chorando, o ator �dgar Vivar, o Seu Barriga, da s�rie Chaves.
F�s do mundo todo lamentaram a morte do comediante. “Eterno/mito/�dolo... Roberto Bola�os, simplesmente Chaves, obrigado!”, escreveu o astro brasileiro Neymar em seu Twitter. “E agora, quem poder� nos defender?”, questiona a manchete em muitos jornais do M�xico, Am�rica Latina e Espanha, reproduzindo o que as personagens falavam quando estavam em perigo e esperavam pela ajuda do Chapolin Colorado. A imprensa mexicana recordou como, em sua �poca de ouro, os shows de Bola�os lotavam est�dios em todo o continente americano. Em 1983, chegou a se apresentar duas vezes no Madison Square Garden de Nova York.