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Estado de Minas

Casos de viol�ncia policial contra negros faz "explodir" onda de protestos

Repeti��o dos casos de viol�ncia policial impune contra negros alimenta onda de protestos em v�rias cidades


postado em 06/12/2014 06:00 / atualizado em 06/12/2014 07:53

Gabriela Freire Valente

A morte de mais dois negros em incidentes de viol�ncia com policiais brancos nos Estados Unidos alimenta a onda de protestos sobre o excesso de for�a policial contra negros no pa�s. Enquanto ativistas nova-iorquinos continuavam manifestando indigna��o pela decis�o, anunciada na quarta-feira por um j�ri, de n�o indiciar o policial envolvido na morte de Eric Garner, manifestantes cobravam provid�ncias sobre os casos de Rumain Brisbon, em Phoenix (Arizona), e de Akai Gurley, em Nova York. Especialistas em direitos humanos das Na��es Unidas expressaram preocupa��o com o padr�o adotado por j�ris americanos de n�o levar a julgamento policiais envolvidos na morte de negros, e pediram o fim da discrimina��o racial no pa�s.

Mais uma noite de manifesta��es era esperada ontem, na sequ�ncia de uma s�rie de protestos desencadeados h� duas semanas pelo n�o indiciamento do policial Darren Wilson, autor dos disparos que mataram o jovem Michael Brown, em Ferguson, sub�rbio de Saint Louis (Missouri). Em Phoenix, ativistas cobravam a divulga��o da identidade do policial branco que atirou duas vezes contra Brisbon. Em Nova York, manifestantes convocavam atos para a v�spera do funeral de Gurley, de 27 anos.

O jovem foi morto pelo policial Peter Lian na escadaria de um pr�dio, em 20 de novembro. Ele estava desarmado e deixava a casa de um amigo. O comiss�rio de pol�cia William Bratton afirmou que o incidente resultou de um disparo acidental, mas assinalou que Gurley era “completamente inocente”. Ontem, a divulga��o da informa��o de que Lian enviava mensagens de texto para l�deres sindicais da pol�cia logo ap�s balear o jovem no peito reacendeu a revolta. Segundo o jornal Daily News, foi um morador do pr�dio que chamou o servi�o de emerg�ncia para socorrer o rapaz.

Em Phoenix, cerca de 200 pessoas marcharam na noite de quinta-feira em dire��o � sede do Departamento de Pol�cia local, depois de a institui��o defender a decis�o do agente – n�o identificado – de atirar contra a Brisbon, de 34 anos, na ter�a-feira. Segundo a pol�cia, ele tentou fugir de uma abordagem e se negou a obedecer �s ordens de pris�o. Brisbon teria entrado em confronto f�sico com o policial, que suspeitava que a v�tima vendesse drogas. O agente afirmou que Brisbon colocou a m�o no bolso e, temendo que ele sacasse uma arma, disparou duas vezes contra o peito da v�tima – que, segundo amigos e familiares, levava o jantar para a fam�lia.

revolta Os casos de Brisbon e Gurley se somam � s�rie de mortes de afro-americanos pelas m�os de agentes da lei, motivo de revolta que amea�a se alastrar pelo pa�s. Na noite seguinte ao an�ncio do j�ri de Staten Island sobre o caso de Garner, morto em julho, cerca de 200 manifestantes foram presos em Nova York. Apesar de os atos terem sido descritos como fundamentalmente pac�ficos, policiais usaram spray de pimenta contra ativistas. Atos de solidariedade foram realizados em diversas cidades americanas, como Boston, Chicago, Filad�lfia, Baltimore e a capital, Washington.

Especialistas em direitos humanos das Na��es Unidas expressaram desapontamento pelo n�o indiciamento dos policiais envolvidos nas mortes de Michael Brown e Eric Garner. Em comunicado divulgado pela R�dio ONU, eles pediram o fim da discrimina��o racial por membros da pol�cia americana. “As decis�es me levam a leg�timas preocupa��es sobre um padr�o de impunidade quando as v�timas de excesso de for�a s�o afro-americanos ou integrantes de outras minorias”, observou Rita Izs�k, especialista em grupos minorit�rios.

O painel de analistas lembrou que o direito internacional permite o uso de equipamento letal apenas em casos de necessidade de prote��o da vida do agente, e sugeriu uma reforma no sistema de policiamento americano. “As leis de diversos estados dos EUA s�o muito mais permissivas, criando uma atmosfera em que o uso da for�a preocupa. Uma revis�o abrangente do sistema � necess�ria para tratar as leis, os tipos de armas usadas pela pol�cia, o treinamento e o uso de tecnologia, como as c�meras nos uniformes”, apontou Christof Heyns, especialista em execu��es arbitr�rias.


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