
As autoridades admitem a possibilidade de que o Airbus tenha ca�do no Estreito de Karimata, a sudoeste de Born�u. As primeiras opera��es concentraram-se na regi�o pr�xima � Ilha de Belitung. Um funcion�rio da Ag�ncia de Meteorologia e Geof�sica da Indon�sia disse que nuvens densas foram detectadas a 44 mil p�s na mesma �rea onde o avi�o perdeu contato. Segundo Sunardi (que como muitos indon�sios usa apenas um nome), “pode ter havido turbul�ncia, raios e fortes ventos horizontais e verticais em meio �s nuvens”.
As buscas se concentram num raio de 270 milhas n�uticas da costa da ilha indon�sia de Bangka, mas pode ser ampliado, informou Bambang Sulistyo, presidente da ag�ncia de busca e resgate. A estatal AirNav Indonesia, de servi�os de navega��o a�rea, disse que o avi�o da AirAsia estava em cruzeiro a 32 mil p�s �s 6h12, quando entrou em contato com o controle de tr�fego no aeroporto de Jacarta para dizer que estava virando � esquerda em sua trajet�ria de voo e subindo para 38 mil p�s para evitar as nuvens. �s 6h16, o avi�o ainda aparecia no radar. �s 6h18 a aeronave sumiu. O diretor geral interino de transportes, Djoko Murjatmodjo, disse que os controladores de voo permitiram que o avi�o sa�sse da rota, mas n�o para ascender a 38 mil p�s, em raz�o das condi��es de tr�fego e porque precisavam de confirma��o de outros controladores.
O voo QZ8501 estava entre Tanjung Pandan, na ilha indon�sia Belitung, e Pontianak, em Born�u – quase no meio do caminho entre Surabaya e Cingapura – quando desapareceu. S�o 155 passageiros e sete tripulantes a bordo, sendo 155 indon�sios, tr�s sul coreanos e um passageiro de Cingapura, Mal�sia e Inglaterra, al�m do piloto franc�s. Cingapura, Mal�sia, Austr�lia, Coreia do Sul e Inglaterra ofereceram ajuda nas buscas. A Mal�sia j� enviou navios e um avi�o C130, e Cingapura tamb�m enviou um C130. Os EUA disseram estar preparados para ajudar.
Tatang Kurniadi, diretor do Comit� Nacional de Seguran�a no Transporte da Indon�sia, expressou esperan�a de localizar a aeronave e disse que era cedo para detectar chamados eletr�nicos a partir do gravador da caixa preta. Quarenta e nove por cento da AirAsia, empresa �rea da Mal�sia de baixo custo, s�o da AirAsia Bhd. A empresa tinha recorde de seguran�a desde quando come�ou a operar h� 13 anos. O grupo tamb�m tem afiliadas na Tail�ndia, Filipinas e �ndia.
PARENTES ANSIOSOS
Em Surabaya e Cingapura, parentes ansiosos aguardavam not�cias. Louise Sidharta foi ao aeroporto de Changi, de Cingapura, � espera de seu noivo que retornava de f�rias em fam�lia. “Essas s�o suas �ltimas f�rias antes de nos casarmos”, disse. A AirAsia trocou seu logotipo vermelho brilhante por um fundo cinza em seu site e nas m�dias sociais. No aeroporto de Surabaya, centenas de parentes dos passageiros buscaram informa��esm, sendo levados a um centro de gerenciamento de crise tempor�rio criado no local. O chefe da AirAsia na Mal�sia, Tony Fernandes, tentava confortar as fam�lias. “As autoridades indon�sias est�o fazendo o poss�vel na busca e resgate. � melhor n�o especular nada neste momento. Nossa primeira prioridade � cuidar das fam�lias.”
O desaparecimento da aeronave ocorre depois de um ano conturbado para as companhias a�reas que operam nessa regi�o. O voo MH370, da Malaysian Airlines, desapareceu em 8 de mar�o em uma viagem de Kuala Lumpur para Pequim com 239 passageiros e tripulantes a bordo e at� hoje n�o foi encontrado. Em 17 de julho, o voo MH17, da mesma companhia, foi abatido sobre a Ucr�nia, matando todas as 298 pessoas a bordo.