
Rep�rter do jornal, Laurent L�ger participava da reuni�o de pauta, na quarta-feira, quando dois homens armados com fuzis de assalto entraram no Charlie Hebdo, onde executaram 12 pessoas.
"Eles atiraram a esmo, simplesmente", disse L�ger � R�dio France Info, desmentindo a informa��o de que os dois atiradores perguntaram os nomes das pessoas antes de disparar.
"Vi um homem encapuzado, e depois muito sangue... Vi a metade da reda��o ca�da. Ainda me pergunto como consegui escapar... Foi um horror".
Entre os doze mortos est�o os chargistas Charb, Wolinski, Cabu, Tignous e Honor�, e o jornalista especializado em economia Bernard Maris.
"Est�vamos no final da reuni�o de pauta e de repente ocorreram pequenas detona��es, depois a porta se abriu em um homem entrou gritando 'Allah Akbar' (Al� � grande)", contou L�ger.
"Parecia um agente do GIGN ou do Raid (unidades de elite da pol�cia), encapuzado, todo de preto, e com uma arma que segurava com as duas m�os. Ent�o come�ou a atirar, depois veio o cheiro de p�lvora... Me joguei debaixo da mesa e consegui escapar da sua vis�o, e os colegas do jornal ca�ram".
"Tudo aconteceu muito r�pido (...). Vi os outros no ch�o, o barulho dos tiros e depois veio o sil�ncio. Corremos em dire��o aos feridos e segurei a m�o do nosso webmaster", que estava em estado muito grave.
Os integrantes do jornal, especialmente seu diretor, St�phane Charbonnier ("Charb"), sabiam da amea�a terrorista desde a publica��o, em 2006, das caricaturas do profeta Maom�. "Charb se sentia mais amea�ado que os demais...", revelou L�ger, que est� determinado a publicar uma nova edi��o do jornal na pr�xima semana. "Vamos fazer qualquer coisa. Isto � importante".