
As principais organiza��es mu�ulmanas na Fran�a chegaram a pedir nesta ter�a-feira calma � sua comunidade e apelaram para que ela evite as rea��es emocionais, diante do lan�amento da Charlie Hebdo. Este n�mero traz em sua capa Maom�, com uma l�grima nos olhos, segurando um cartaz com a frase "Je suis Charlie", como fizeram as milhares de pessoas que se manifestaram no domingo na Fran�a e em muitas cidades do mundo.
Acima do desenho aparece o t�tulo "Tudo est� perdoado", um sinal de apaziguamento que contrasta com a habitual feroz ironia da revista. Para esta edi��o, a publica��o voltou a escolher uma caricatura do profeta, desta vez assinada pelo cartunista Luz, para um n�mero especial com tiragem de tr�s milh�es de exemplares, que ser� publicado na quarta-feira, ap�s o atentado jihadista de 7 de janeiro contra a sede do jornal, que matou 12 pessoas, entre elas 5 chargistas.
Este n�mero - denominado "a edi��o dos sobreviventes" - ter� tr�s milh�es de exemplares, contra os 60.000 normalmente impressos, ser� traduzido para 16 idiomas e vendido em 25 pa�ses. Seu distribuidor j� recebeu uma avalanche de pedidos da Fran�a e do exterior, e por isso decidiu ampliar a 3 milh�es a tiragem desta edi��o especial, inicialmente prevista para 1 milh�o de exemplares.
Em 2006, o Charlie Hebdo reproduziu as caricaturas de Maom� cuja publica��o no jornal dinamarqu�s JyllandsPosten desencadeou violentos protestos. A partir de ent�o, o jornal sat�rico franc�s sofreu um inc�ndio criminoso e v�rias amea�as. Os dois jihadistas que mataram 12 pessoas na sede do jornal, na semana passada, sa�ram gritando, "Vingamos o profeta! Matamos o Charlie Hebdo!".