
Na maior parte das bancas do centro de Paris, os exemplares do Charlie Hebdo esgotaram antes das 8h (5h em Bras�lia) e dois funcion�rios disseram que "em poucos minutos" venderam todos os jornais. Em v�rios pontos de venda na capital francesa, dezenas de pessoas formaram filas para comprar o seman�rio e acabavam por dispersar � medida que era anunciado que os exemplares tinham esgotado.
Respons�veis pelas bancas explicaram que n�o quiseram reservar o jornal para os clientes porque esperam receber mais exemplares nas pr�ximas horas e dias. O seman�rio Charlie Hebdo informou inicialmente que o n�mero especial depois do atentado terrorista teria tiragem de 1 milh�o de exemplares, mas acabou, mais tarde, por elevar para 3 milh�es o total.
O aumento da tiragem deve-se ao fato de a distribuidora, a MLP (Messageries Lyonnaises de Presse), ter recebido grandes encomendas, n�o s� da Fran�a mas de outros pa�ses, depois do atentado � reda��o do jornal. As edi��es anteriores do Charlie Hebdo tinham tiragem de 60 mil exemplares, metade dos quais era vendida em bancas.
Na Fran�a, as entregas nas bancas ser�o escalonadas durante v�rios dias. A edi��o de hoje do seman�rio sat�rico sai em mais de 20 pa�ses, com vers�es em cinco l�nguas, incluindo o �rabe e o turco. A edi��o � traduzida em ingl�s, espanhol e �rabe, na vers�o digital, e em italiano e turco, na vers�o em papel.
O jornal foi preparado pelos sobreviventes do ataque terrorista e traz na capa uma caricatura de Maom�, com l�grima no olho, segurando um papel com a frase Je suis Charlie, e com o t�tulo Tudo est� perdoado. A frase � igual � utilizada por milh�es de pessoas que se manifestaram em defesa da liberdade de express�o.
A capa do n�mero especial voltou a causar pol�mica no mundo mu�ulmano. A principal autoridade islamita sunita sediada no Egito, Al Azhar, antecipou nessa ter�a-feira (13) que a publica��o de novos desenhos representando o profeta Maom� no Charlie Hebdo vai "incitar o �dio".