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Estado de Minas

M�dicos Sem Fronteiras deixa Kunduz, no Afeganist�o, depois de bombardeio a hospital

ONG anunciou neste domingo a retirada de todo seu pessoal na cidade, na Regi�o Norte do pa�s, um dia depois que um bombardeio matou 19 pessoas


postado em 04/10/2015 09:46 / atualizado em 04/10/2015 10:15

Ver galeria . 6 Fotos AFP PHOTO / SHAH Marai / FILES/AFP PHOTO/MSF
(foto: AFP PHOTO / SHAH Marai / FILES/AFP PHOTO/MSF )

A organiza��o M�dicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou neste domingo a retirada de todo seu pessoal de Kunduz, um dia depois que um bombardeio, supostamente americano matou 19 pessoas no hospital que a ONG gerenciava na cidade afeg�. O fechamento deste centro ter� graves consequ�ncias para a popula��o civil, encurralada pelos combates entre o ex�rcito afeg�o e os rebeldes talib�s para assumir o controle da cidade.

"O hospital da MSF j� n�o pode continuar funcionando. Os pacientes em estado cr�tico foram transferidos para outros estabelecimentos. Nenhum funcion�rio da MSF est� mais no hospital", informou Kate Stegeman, porta-voz da organiza��o no Afeganist�o. "Neste momento, n�o sei dizer se o centro de traumatologia de Kunduz voltar� a abrir", enfatizou.

Na v�spera, o presidente Barack Obama prometeu uma investiga��o exaustiva sobre o bombardeio contra o da MSF. Obama apresentou suas "profundas condol�ncias" depois do ataque no s�bado, em que morreram 12 empregados da MSF e sete pacientes, entre eles tr�s crian�as, mas afirmou que vai esperar pelos resultados da investiga��o antes de emitir um ju�zo definitivo sobre as circunst�ncias da trag�dia.

O ataque deixou o pr�dio em chamas e dezenas de pessoas gravemente feridas. Fotografias publicadas pela MSF mostram funcion�rios da ONG em estado de choque.

Segundo a MSF, o bombardeio prosseguiu por mais de 30 minutos depois que a ONG avisou aos ex�rcitos americano e afeg�o que estava sendo atingida por proj�teis. No momento do bombardeio, 105 pacientes e pessoal sanit�rio e mais de 80 funcion�rios internacionais e locais se encontravam no hospital.

O alto comiss�rio para os Direitos Humanos das Na��es Unidas, Zeid Ra'ad Al Hussein, pediu uma investiga��o completa e transparente dos fatos, e assinalou que, diante de uma corte de Justi�a, "o bombardeio a um hospital pode ser considerado crime de guerra". "Este fato � totalmente tr�gico, indesculp�vel e, inclusive, criminoso", acrescentou Zeid em um comunicado.

O secret�rio de Defesa americano, Ashton Carter, afirmou que foi aberta uma "investiga��o exaustiva" do bombardeio, mas n�o informou se o ataque foi realizado pelas for�as americanas. Carter assinalou que "as for�as americanas, em apoio �s for�as de seguran�a afeg�s, operam perto do local, assim como os talib�s".

O Minist�rio da Defesa afeg�o lamentou o ataque, mas informou que "um grupo de terroristas armados vinha usando o pr�dio do hospital como posi��o para atingir for�as afeg�s e civis".

"As for�as americanas realizavam um ataque a�reo em Kunduz contra pessoas pessoas que amea�avam as for�as da coaliz�o, o que pode ter provocado danos colaterais em um centro m�dico nas proximidades do alvo", declarou � AFP o coronel Brian Tribus, porta-voz da miss�o da Otan no Afeganist�o.

O centro de traumatologia da MSF em Kunduz � a �nica instala��o m�dica na regi�o que pode tratar les�es graves. Kunduz est� mergulhada numa crise humanit�ria, com milhares de civis encurralados pelo fogo cruzados das duas for�as, as tropas do governo e os rebeldes talib�s.

No momento, n�o se conhece com exatid�o o n�mero de v�timas dos combates travados naquela localidade, mas autoridades disseram ontem que ao menos 60 pessoas morreram e 400 ficaram feridas. Em um comunicado, os talib�s acusaram "as for�as americanas b�rbaras" de terem realizado o ataque contra o hospital "de forma deliberada, matando e ferindo dezenas de m�dicos, enfermeiras e pacientes".

Desde que foram expulsos do poder, em 2001, por uma coaliz�o liderada pelos Estados Unidos, os talib�s concentram seus ataques em seus redutos do sul. Mas no �ltimos meses, refor�aram suas posi��es na zona de Kunduz, uma cidade estrat�gica na rota para o Tadjiquist�o.

O Ex�rcito assegurou ter recuperado o controle de Kunduz, o que est� longe de significar uma vit�ria a longo prazo de Cabul contra os talib�s. Durante tr�s dias de ocupa��o, muitos moradores fugiram, e a possibilidade de retorno ao regime fundamentalista dos talib�s (1996-2001) assustou especialmente as mulheres.

A breve tomada de Kunduz, de 300 mil habitantes, constituiu o primeiro grande �xito do novo l�der dos talib�s, o mul� Akhtar Mansur, nomeado ap�s o an�ncio, em julho, da morte de seu antecessor, o mul� Omar. A designa��o provocou divis�es internas no grupo.


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