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Estado de Minas

Afeganist�o pediu que os EUA bombardeassem hospital em Kundz

Segundo o comunicado, o ex�rcito afeg�o estava encurralado pelos rebeldes talib�s. Avia��o americana, ent�o, bombardeou o local


postado em 05/10/2015 13:55 / atualizado em 05/10/2015 13:57

Vinte e duas pessoas morreram no hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras(foto: AFP PHOTO/MSF)
Vinte e duas pessoas morreram no hospital da ONG M�dicos Sem Fronteiras (foto: AFP PHOTO/MSF)

Os Estados Unidos realizaram o bombardeio que matou no s�bado 22 pessoas no hospital da ONG M�dicos Sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, no Afeganist�o, a pedido das for�as afeg�s, indicou nesta segunda-feira a Otan.


O ex�rcito afeg�o, que estava encurralado pelos rebeldes talib�s, "pediu um apoio a�reo das for�as americanas" no �ltimo s�bado, declarou o general americano John Campbell, que dirige a miss�o da Otan no Afeganist�o. A avia��o americana bombardeou ent�o o hospital.


Estas declara��es contradizem a vers�o anterior da Alian�a Atl�ntica, que afirmava que o bombardeio buscava apoiar as for�as americanas.


"Indignada" pelo bombardeio que provocou a morte de 22 pessoas - 12 funcion�rios da organiza��o e 10 pacientes - a ONG decidiu retirar seus funcion�rios de Kunduz, um duro golpe para a popula��o civil, que sofre as consequ�ncias dos combates entre o ex�rcito afeg�o e os rebeldes talib�s, que disputam o controle desta grande cidade do norte do Afeganist�o.


O hospital era o �nico capaz de tratar os feridos graves na regi�o. "At� o momento n�o posso dizer se o centro de traumatologia de Kunduz voltar� a abrir ou n�o", explicou Kate Stegeman, porta-voz da MSF no Afeganist�o.


No s�bado �s 02h15 locais a avia��o americana bombardeou o entorno do hospital da MSF, admitiu a miss�o da Otan no Afeganist�o.


No momento do bombardeio, mais de 100 pacientes e 80 funcion�rios, afeg�os e estrangeiros, estavam no hospital.


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou suas profundas condol�ncias ap�s o ataque e afirmou que esperar� os resultados da investiga��o "antes de ter um julgamento definitivo sobre as circunst�ncias desta trag�dia". A situa��o era "confusa e complicada", disse seu secret�rio de Defesa, Ashton Carter.


Estas explica��es foram consideradas insuficientes pelo diretor-geral da MSF, Christopher Stokes, que pediu uma investiga��o exaustiva e transparente por parte de um "organismo internacional independente".


Efetivamente, a MSF rejeita as justificativas de autoridades afeg�s, segundo as quais combatentes afeg�os estavam no interior do hospital e o utilizavam como base.


"Estas declara��es mostram que as for�as afeg�s e americanas decidiram conjuntamente arrasar um hospital totalmente funcional (...) Isso equivale a reconhecer que se trata de um crime de guerra", declarou Stokes.


A ONU j� havia considerado no s�bado que o bombardeio a�reo pode ser considerado um crime de guerra se for considerado "deliberado pela justi�a".


Al�m disso, "isso contradiz totalmente as primeiras tentativas do governo dos Estados Unidos de minimizar as consequ�ncias dos ataques ao consider�-los um 'dano colateral'", voc�bulo utilizado inicialmente pela Otan poucas horas depois do bombardeio, destacou Stokes.


A ONG afirma ter transmitido preventivamente as coordenadas GPS de seu hospital aos ex�rcitos afeg�o e americano. Mas os bombardeios prosseguiram por mais de 45 minutos depois que a ONG informou aos ex�rcitos que o hospital havia sido atingido pelos primeiros disparos.


"Os disparos estavam muito focados, sempre contra o mesmo im�vel (...)", explicou � AFP o Doutor Bart Janssens, diretor de opera��es da MSF.


A recupera��o de Kunduz


A Otan, que conta com 13.000 soldados no Afeganist�o, incluindo 10.000 americanos, � alvo de controv�rsia pelos danos colaterais que seus bombardeios a�reos costumam gerar.


No entanto, estes bombardeios foram essenciais no apoio dado ao ex�rcito afeg�o em sua contraofensiva para recuperar Kunduz das m�os dos talib�s.


Os talib�s conseguiram tomar a cidade em apenas algumas horas na segunda-feira passada, alcan�ando sua maior vit�ria desde a queda de seu regime, em 2001.


As for�as de seguran�a mostraram ent�o, mais uma vez, as dificuldades que t�m para conter os combatentes islamitas.


Nesta segunda-feira, ap�s quase uma semana de combates, a calma parecia ter retornado � cidade, livre de talib�s. As redes de televis�o mostravam as ruas da cidade com bastante movimento.


Segundo o minist�rio da Sa�de, 60 pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas pelo controle desta cidade, considerada uma passagem estrat�gica na estrada que une Cabul ao Tadjiquist�o.


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