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Estado de Minas

'N�o sejam ego�stas!', diz papa ao se irritar ap�s ser puxado por fi�is no M�xico

Francisco cumprimentava um grupo de pessoas quando quase foi derrubado


postado em 17/02/2016 09:07 / atualizado em 17/02/2016 11:15


Em visita ao M�xico, o papa Francisco chegou a perder a paci�ncia ao ser puxado por fi�is. 'N�o sejam ego�stas!', disse o pont�fice ap�s quase cair. O incidente ocorreu na cidade de Morelia, capital de Michoac�n (Oeste do M�xico). O papa Francisco encerra nesta quarta-feira sua viagem ao M�xico, com alguns dos eventos mais aguardados do programa. O chefe da Igreja Cat�lica far� uma visita a uma pris�o em Ciudad Ju�rez, dias ap�s um motim em outra cadeia deixar 49 presos mortos, e tamb�m uma parada na fronteira com o Texas, no momento em que a imigra��o aparece como um tema crucial na campanha presidencial dos Estados Unidos.

Tamb�m foi organizada uma reuni�o com trabalhadores mexicanos, grupos de base e empregadores, um encontro no qual � prov�vel que o pont�fice reitere sua defesa do trabalho digno para todos e de "terra, teto e trabalho". Com isso, Francisco encerrar� uma atarefada visita de cinco dias ao pa�s, quando se concentrou nas injusti�as enfrentadas pelos mais pobres, oprimidos e vulner�veis no M�xico, diante da viol�ncia instigada pelas drogas. O pont�fice tentou ofereceu consolo, ao mesmo tempo que exortava os l�deres pol�ticos e religiosos a cumprir as obriga��es com seu povo.

O papa insiste em ir a pris�es em quase todas suas viagens ao exterior, algo que faz parte de seu antigo costume de visitar os presos, na cren�a de que os setores mais humildes da sociedade merecem igualmente um tratamento digno. Francisco j� criticou o abuso das deten��es sem julgamentos, descreveu a pris�o perp�tua como uma pena de morte disfar�ada e pediu que o mundo todo abandone a pena capital. Como papa, j� manteve contato com presos argentinos que havia atendido como arcebispo de Buenos Aires.

Em seus encontros nas pris�es, Francisco costuma pedir aos detentos que n�o percam a esperan�a e tamb�m dizer que ele mesmo j� pecou e foi perdoado. O papa critica o excesso de popula��o prisional, a lentid�o da Justi�a e a falta de medidas para a recupera��o dos presos. Mas tamb�m recomenda que os detentos n�o deixem seu sofrimento levar � viol�ncia, mensagem que pode repetir ap�s o mort�fero motim da semana passada na pris�o de Topo Chico, em Monterrey, onde grupos rivais se enfrentaram com martelos e facas improvisadas. Outros oito presos se feriram na ter�a-feira, em uma briga em outra cadeia do pa�s.

A pris�o n�mero 3 de Ciudad Ju�rez, onde Francisco deve falar com detentos e visitar seus familiares, est� relativamente tranquila nos �ltimos tempos, mas j� teve enfrentamentos violentos no passado, que refletiam a situa��o ca�tica da seguran�a na cidade. H� pouco tempo Ciudad Ju�rez era considerada a capital mundial do homic�dio, j� que a guerra entre cart�is do narcotr�fico elevou a taxa de homic�dios a 230 por cada 100 mil habitantes em 2010. Uma epidemia de assassinatos de mulheres, muitas delas oper�rias pobres que simplesmente desapareceram, tamb�m atraiu aten��o internacional.

Os tempos, por�m, mudaram. No ano passado, a taxa de homic�dio da cidade foi de cerca de 20 por 100 mil habitantes, mais pr�xima da m�dia nacional, de 14 por 100 mil, e bem abaixo de outros focos de viol�ncia do narcotr�fico, como Acapulco e o Estado de Guerrero em geral. Muitos neg�cios fechados durante os anos mais duros em Ciudad Ju�rez reabriram e turistas voltam a cruzar a fronteira a partir dos EUA, para fazer compras ou comer.

Ap�s visitar a cadeia, Francisco se reunir� com trabalhadores e grupos de ativistas em um est�dio esportivo, onde deve falar sobre pobreza e desigualdade. O papa tamb�m deve visitar a fronteira com El Paso, no Texas, onde deve fazer um parada e uma b�n��o em honra aos imigrantes que est�o do outro lado, al�m de rezar pelos que morreram na tentativa de chegar aos EUA. A visita termina com uma grande missa ao ar livre, que ser� retransmitida em grandes telas do outro lado da fronteira, no Sun Bowl Stadium, onde as autoridades norte-americanas esperam ao menos 30 mil pessoas.


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