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Estado de Minas

P�nico arrasta bolsas e Brasil minimiza risco

Bovespa recua 2,28% em dia de quedas em todo o mundo puxadas pela decis�o brit�nica a favor da sa�da da UE. Fazenda afirma que "situa��o do Brasil � de solidez e seguran�a"


postado em 25/06/2016 06:00 / atualizado em 25/06/2016 07:49

Fachada da Bolsa de Londres: assim que a vitória do
Fachada da Bolsa de Londres: assim que a vit�ria do "sair" se desenhou, os �ndices dos pap�is come�aram a derreter (foto: Ben Stall/AFP)
O referendo do Reino Unido realizado na quinta-feira e que aprovou a sa�da do pa�s da Uni�o Europeia abalou os mercados internacionais. Analistas do mundo inteiro estavam otimistas e apostavam que os brit�nicos votariam pela perman�ncia na UE, contudo, erraram feio em rela��o � "Brexit”. O clima de p�nico come�ou pela manh�, assim que saiu o resultado da vota��o, e foi se alastrando ao longo do dia por todo o globo. As bolsas fecharam no vermelho desde a �sia at� as Am�ricas. As europeias despencaram at� 12,5%, acumulando perdas de US$ 1,1 trilh�o nas principais capitais do bloco, pelas estimativas das ag�ncias internacionais. A libra chegou a desvalorizar 10% em rela��o ao d�lar, atingindo o menor patamar desde 1985, mas encerrou o preg�o com queda de 8,1%, cotada a US$ 1,364.

A bolsa da Londres caiu 3,15%, uma das menores baixas da UE. It�lia despencou 12,48%; Espanha, 12,36%; Fran�a; Portugal, 6,99%; Alemanha, 6,82%. Na China, Xangai caiu 1,3%. T�quio escorregou 7,92%. Em Nova York, o �ndice Nasdaq e o �ndice Dow Jones declinaram, 4,12 e 3,38%, respectivamente. No Brasil, a Bolsa de Valores de S�o Paulo (BM&FBovespa) acompanhou os mercados internacionais , mas a queda de 2,82%, n�o reverteu totalmente os ganhos na semana, que fechou no azul em 1,15%. No ano, a alta � de 15,59%.

Na avalia��o do economista da �rama Alexandre Esp�rito Santo, esse p�nico dos mercados foi altamente compreens�vel. “Todos estavam trabalhando com uma probabilidade muito baixa de sa�da do Reino Unido. N�o d� para avaliar os mercados nos pr�ximos dias, mas, com certeza, ser� muito ruim para a economia brit�nica, que dever� perder em m�dia 3% do PIB per capita nos pr�ximos dois a tr�s anos”, avisou. Para ele, os impactos no Brasil, que est� em recess�o, ainda s�o incertos, pois dependem da perman�ncia do atual governo para serem positivos. "Se a presidente afastada Dilma Rousseff voltar, ser� ainda mais complicado qualquer retomada", afirmou.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, minimizou os impactos da Brexit e afirmou que “a situa��o do Brasil � de solidez e seguran�a, porque os fundamentos s�o robustos”, em nota no in�cio da tarde de ontem. Al�m disso, assegurou que o pa�s “est� preparado para atravessar com seguran�a per�odos de instabilidade externa”. Mais cedo, o Banco Central, em nota, informou que “est� monitorando continuamente os desenvolvimentos nos mercados global e dom�stico em raz�o da decis�o manifestada pelos cidad�os brit�nicos no plebiscito de ontem (quinta-feira) e, caso necess�rio, adotar� as medidas adequadas para manter o funcionamento normal dos mercados financeiro e cambial”. Ontem, o d�lar � vista fechou em alta de 1,07%, aos R$ 3,3777 no balc�o.

A economista Monica de Bolle, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics, em Washington, demonstrou preocupa��o com o clima s mercados nos pr�ximos dias, at� que haja uma defini��o de como ser� o processo de sa�da do Reino Unido. Ela lembrou que h� a possibilidade de desmantelamento da Gr�-Bretanha, pois Irlanda do Norte e Esc�cia votaram pela perman�ncia na UE, demonstraram interesse em continuar no bloco e podem acabar buscando a independ�ncia. “Isso ser� p�ssimo para a Inglaterra, pois a economia deles se resume em petr�leo, g�s, que est�o na Esc�cia, e servi�os financeiros, em Londres. Certamente perder�o muita for�a econ�mica”, destacou.

O Goldman Sachs destacou que haver� um “enfraquecimento significativo no crescimento” da UE e do Reino Unido ap�s o resultado desse referendo, com fortes riscos de desvaloriza��o das respectivas moedas. “A volatilidade vai continuar, com o d�lar mais forte e a libra e o euro mais fracos nos pr�ximos dias”, afirmou a institui��o em um relat�rio divulgado ontem.

O economista-chefe para mercados emergentes da Capital Economics, Neil Sheraring, avaliou que a Brexit causar� incertezas geopol�ticas e econ�micas dos pa�ses em desenvolvimento, podendo incentivar a ascens�o de governos populistas, principalmente na Europa Central e Oriental.


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