
O ministro italiano do Interior, Marco Minniti, confirmou nesta sexta-feira que o homem morto na madrugada desta sexta-feira em Mil�o �, "sem nenhuma sombra de d�vida", Anis Amri, suspeito de ter executado o ataque contra uma feira de Natal em Berlim na segunda-feira passada.
O homem sacou uma arma "sem titubear" em um posto de controle de rotina da pol�cia e foi morto, afirmou o ministro em uma entrevista coletiva.
O atentado
Na segunda-feira � noite (19), um caminh�o foi lan�ado contra uma multid�o em uma feira de Natal no centro de Berlim, deixando doze mortos e 48 feridos.
O mercado natalino atingido pelo caminh�o, que partiu para cima de transeuntes e rolou sobre a cal�ada, fica no centro da capital, a dois passos da Ged�chtniskirche - a Igreja da Lembran�a, uma das principais atra��es tur�sticas berlinenses - e de uma movimentada avenida de com�rcio, a Kurf�rstendamm.
No local, um turista entrevistada pela AFP disse n�o saber se o motorista "estava b�bado", ou se ele lan�ou o caminh�o de forma deliberada, "mas ele n�o procurou parar, ele simplesmente continuou".
"Havia sangue e corpos por todos os lados", incluindo crian�as e idosos, completou ela.
Por causa da trag�dia, a Pol�cia alem� pediu � popula��o que ficasse em casa, como medida de precau��o, at� que se confirmasse a vers�o de que teria sido mesmo um atentado.

Rea��es
Pelas circunst�ncias, o evento ressucitou na mem�ria mundial o atentado de 14 de julho de 2016, em Nice, na Fran�a, quando um caminh�o atropelou v�rias pessoas no Passeio dos Ingleses, no dia da festa nacional do pa�s. Por isso, a Fran�a manifestou prontamente sua solidariedade.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que ficou "entristecido" com o epis�dio.
Os americanos tamb�m reagiram, condenando o "ataque terrorista"."Os Estados Unidos condenam nos termos mais firmes o que parece ser um atentado terrorista em um mercado de Natal de Berlim", afirmou o porta-voz de Seguran�a Nacional da Casa Branca, Ned Price, em um comunicado.
O suspeito
Autoridades alem�s identificaram dois dias depois um tunisiano de 23 anos como principal suspeito do atentado. Os documentos del foram encontrados na cabine do caminh�o.
Anis Amri nasceu em Tataouine, na Tun�sia, em 1992.
Uma recompensa de 100 mil euros (cerca de R$ 350 mil) foi oferecida a quem desse informa��es que levassem � pris�o do tunisiano.
Ele era investigado por terrorismo e seria alvo de deporta��o, afirmou uma graduada autoridade do setor de seguran�a do estado alem�o onde o homem havia se registrado.
Anis Amri estava no radar da intelig�ncia da Alemanha e era investigado por promotores estaduais sob suspeita de planejar um ataque, segundo as autoridades.
“Esta pessoa atraiu a aten��o de v�rias ag�ncias de seguran�a na Alemanha por causa de contatos com o meio radical isl�mico”, afirmou Ralf J�ger, ministro de Interior do Estado da Ren�nia do Norte-Vestf�lia, em entrevista coletiva. O pedido de asilo do tunisiano foi rejeitado em junho de 2016, mas ele n�o foi deportado por n�o ter um passaporte v�lido, segundo a autoridade.
Autoridades disseram que o suspeito entrou na Alemanha em julho de 2015.