
Doze pessoas foram detidas neste domingo como parte da investiga��o do atentado de s�bado � noite em Londres que deixou sete mortos, al�m dos agressores, e que a primeira-ministra brit�nica Theresa May atribuiu ao extremismo isl�mico. Agentes da unidade antiterrorista da Pol�cia Metropolitana realizaram a deten��o de "12 pessoas no bairro de Barking, zona leste de Londres, em conex�o com os incidentes da noite passada na London Bridge e na �rea do Borough Market", anunciou a pol�cia em um comunicado.
A pol�cia matou os tr�s homens apenas oito minutos depois de receber o alerta sobre o incidente. At� o momento, as identidades dos criminosos n�o foram divulgadas. "Infelizmente, acabam de confirmar que sete pessoas morreram", afirmou a chefe de pol�cia da capital inglesa, Cressida Dick. A pol�cia tamb�m divulgou que 48 pessoas foram hospitalizadas. Fontes m�dicas informaram que, desse total, 21 v�timas se encontram em estado "cr�tico" e 12 j� deixaram o hospital.
Entre os feridos est�o sete franceses, um espanhol com ferimentos leves e um australiano, de acordo com seus respectivos governos. E entre os sete mortos est� um canadense, revelou o primeiro-ministro Justin Trudeau, e um franc�s, disse posteriormente o ministro das Rela��es Exteriores da Fran�a, Jean Yves Le Drian.
Ap�s uma reuni�o extraordin�ria de seu comit� de seguran�a, May disse que o pa�s enfrenta "uma nova forma de amea�a", na qual os autores dos atentados "copiam uns aos outros" e se inspiram em "uma ideologia do mal do extremismo isl�mico". "O terrorismo alimenta o terrorismo e os autores passam ao ato n�o com base em compl�s cuidadosamente preparados, e sim porque copiam uns aos outros utilizando os meios mais ordin�rios", disse May em Downing Street ap�s a reuni�o.
Vencer a ideologia islamita "� um dos grandes desafios do nosso tempo", completou, antes de ressaltar que a resposta n�o deve ser apenas realizar opera��es antiterroristas continuamente, e sim lev�-la ao terreno das ideias e a internet "para evitar a propaga��o".
Quase todos os partidos suspenderam a campanha neste domingo, mas esta continuar� "nesta segunda-feira e as elei��es gerais acontecer�o como estava previsto na quinta-feira, 8 de junho", disse May.

Este foi o terceiro atentado no Reino Unido em menos de tr�s meses, ap�s o que deixou 22 mortos em Manchester no dia 22 de maio, ao final de um show da cantora Ariana Grande, e do ataque de 22 de mar�o perto do Parlamento, quando um homem atropelou as pessoas que caminhavam pela ponte de Westminster e depois esfaqueou um policial, com um balan�o de cinco mortos.
- Oito minutos infernais -
"�s 22h08 (18h08 de Bras�lia) de s�bado come�amos a receber avisos de que um ve�culo havia atropelado transeuntes na London Bridge", disse um porta-voz da pol�cia. "O ve�culo prosseguiu da London Bridge para Borough Market. Os suspeitos abandonaram o ve�culo e esfaquearam v�rias pessoas", acrescentou a mesma fonte."Policiais armados responderam rapidamente e de forma corajosa, enfrentando os tr�s suspeitos, que foram atingidos por tiros e morreram", explicou o porta-voz.
A morte dos suspeitos aconteceu "em oito minutos" desde que a pol�cia recebeu o alerta do incidente, elogiou a mesma fonte. "Os suspeitos estavam com algo que pareciam cintur�es de explosivos, mas que depois se revelaram falsos", concluiu.
Gerard Vowls, de 47 anos, que estava assistindo a final da Champions League no pub Ship, afirmou ao jornal The Guardian que viu o momento em que esfaquearam uma mulher de 10 a 15 vezes. "Ela dizia 'me ajuda', 'me ajuda', e n�o pude fazer nada", lamentou. Vowls jogou cadeiras, vasos e garrafas na dire��o dos agressores para tentar afast�-los da mulher. "Eles voltaram para tentar me esfaquear. Quero saber se a mulher est� bem. Estou chorando h� uma hora e meia, dando voltas, n�o sei o que fazer", disse, muito abalado.

Outra testemunha, Alex Shellum, disse � BBC que estava em um bar na London Bridge com amigos quando "uma mulher ferida entrou e pediu ajuda". "Ela sangrava muito no pesco�o, parecia que haviam cortado o seu pesco�o. As pessoas tentaram estancar a hemorragia".
- Trump polemiza, Sadiq Khan o ignora -
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, afirmou neste domingo que tem coisas mais importantes a fazer que responder a uma mensagem no Twitter do presidente americano Donald Trump criticando suas declara��es sobre o atentado. "O prefeito est� ocupado (...) Tem coisas mais importantes a fazer que responder a um tu�te desinformado de Donald Trump, que tira deliberadamente de contexto suas declara��es pedindo aos londrinos que n�o ficassem alarmados quando observassem mais policiais, incluindo policiais armados, nas ruas", disse um porta-voz de Khan.
Ap�s o atentado, Trump tuitou: "Ao menos sete mortos e 48 feridos em um ataque terrorista e o prefeito de Londres diz que 'n�o h� motivo para alarme!'". Antes, ele aproveitou a oportunidade para pedir � justi�a que retire o bloqueio de seu projeto que pro�be a entrada de imigrantes de certos pa�ses mu�ulmanos nos Estados Unidos. Em outra mensagem, Trump ironizou os que defendem o controle de armas. "Voc�s percebem que n�o estamos tendo um debate sobre armas agora? Isto � porque eles usaram facas e um caminh�o!", escreveu no Twitter.