
As motiva��es do atacante que atropelou, na ter�a-feira, ciclistas e transeuntes em Nova York e matou oito pessoas, al�m de ferir outras 11, concentravam nesta quarta (1º) a aten��o das autoridades.
Poucas horas ap�s o ataque que aconteceu ter�a-feira � tarde em Manhattan, o presidente Donald Trump determinou o refor�o do programa de controle de estrangeiros que tentam entrar no pa�s, embora os investigadores ainda n�o tenham atribu�do a autoria do crime.
Em um primeiro momento, Trump qualificou o agressor de "doente e perturbado", antes de citar o grupo Estado Isl�mico: "n�o podemos permitir ao ISIS (grupo Estado Isl�mico) retornar, ou entrar, em nosso pa�s ap�s o termos derrotado no Oriente M�dio e em outros lugares. Basta!".
A pol�cia americana n�o identificou o autor do atentado, indicando apenas que ele tinha 29 anos. As redes de televis�o apontaram o agressor como o uzbeque Sayfullo Saipov, residente de Nova Jersey (leste), onde alugou a caminhonete utilizada no atentado.
Ele tinha visto de resid�ncia permanente (green card) e trabalhava como motorista do Uber, de acordo com o jornal "The New York Times", acrescentando que j� estava "sob o radar" da pol�cia.
O presidente do Uzbequist�o, Chavkat Mirzioyev, prometeu nesta quarta-feira "usar todas as suas for�as e recursos para ajudar na investiga��o sobre este ato terrorista".
"A trag�dia que aconteceu confirma de novo a necessidade de unir os esfor�os de toda a comunidade internacional na luta contra este desafio de nossa �poca", completou Mirzioiev, que ofereceu p�sames ao presidente americano e �s fam�lias das v�timas.
Ex-rep�blica sovi�tica de maioria mu�ulmana, o Uzbequist�o tem centenas de cidad�os lutando em grupos "jihadistas" no Iraque e na S�ria, segundo estimativas dos servi�os de seguran�a russos.
- O ataque -
O ataque aconteceu a poucas quadras do memorial do 11 de setembro de 2001 em Manhattan, perto de escolas e de um parque, enquanto crian�as e seus pais se preparavam para festejar o Halloween.
�s 15h05 (17h05 de Bras�lia), o agressor jogou sua caminhonete branca contra ciclistas e pedestres em uma ciclovia �s margens do rio Hudson e gritou "Allahu Akbar" (Deus � grande, em �rabe) antes de ser baleado pela pol�cia.
Atingido no abdome, foi submetido a uma cirurgia e deve sobrevivar, de acordo com a imprensa.
Ap�s a colis�o, o homem saiu do ve�culo com duas armas, uma de press�o (chumbinho) e outra de paintball, informou a pol�cia de Nova York, que afirmou n�o procurar outros suspeitos.
Logo ap�s o ataque, policiais, bombeiros e ambul�ncias chegaram ao local e bloquearam v�rias ruas, enquanto helic�pteros sobrevoavam o sul de Manhattan.
John Williams, de 22 anos, que chegou ao local pouco depois do agressor ser baleado, descreveu "um forte odor de p�lvora".
"Tinha um homem ferido no ch�o. Parecia ter recebido um tiro. Estava cercado por policiais e param�dicos", relatou � AFP.
"Vi que dois ve�culos, um branco e um micro-�nibus, se chocaram. Dois homens queriam brigar na rua. Um tinha duas pistolas, uma em cada m�o. No final, chegou a pol�cia, e escutamos tr�s tiros", declarou Manuel Calle, 46 anos, que trabalha em um restaurante pr�ximo.
A Chancelaria argentina informou que o ataque matou cinco argentinos, "da cidade de Rosario" (300 km ao norte de Buenos Aires), que integravam "um grupo de amigos que celebrava o 30° anivers�rio de formatura da Escola Polit�cnica desta cidade".
O governo de Mauricio Macri declarou que est� prestando assist�ncia "�s fam�lias neste terr�vel momento de profunda dor, compartilhada por todos os argentinos".
Uma mulher belga tamb�m faleceu, enquanto tr�s cidad�os desse pa�s ficaram feridos, de acordo com Bruxelas. Um alem�o tamb�m est� entre os feridos.
- "Ato terrorista" -
"Com base na informa��o de que dispomos no momento, trata-se de um ato de terrorismo (...) particularmente covarde", disse o prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio.
"Este � um dia muito doloroso para nossa cidade. Uma terr�vel trag�dia", ressaltou.
O governador de Nova York, o tamb�m democrata Andrew Cuomo, destacou que a cidade "� um s�mbolo internacional de liberdade e democracia", o que faz dela "tamb�m um alvo desta gente que rejeita estes conceitos".
"J� vivemos isto antes", recordou.
Um desfile de Halloween foi realizado como planejado, mas sob forte esquema de seguran�a, e Cuomo ordenou iluminar o World Trade Center com as cores vermelha, branca e azul da bandeira americana "em homenagem � liberdade e � democracia".
Este foi o primeiro ato vinculado ao terrorismo em Nova York desde a explos�o de uma bomba artesanal, em setembro de 2016, em Chelsea, que deixou 31 feridos leves. O afeg�o de origem americana Ahmad Khan Rahimi foi condenado por terrorismo no in�cio deste m�s.
A primeira-ministra brit�nica, Theresa May, prestou sua solidariedade: "Juntos derrotaremos o mal do terrorismo".
O presidente franc�s, Emmanuel Macron, expressou suas "condol�ncias e a solidariedade da Fran�a a Nova York e aos Estados Unidos".
"Nossa luta pela liberdade nos une mais do que nunca. #Manhattan", publicou no Twitter.
