
"Um qualquer n�o pode se autointitular presidente, s� o povo", ressaltou Maduro. Segundo ele, houve "elei��es livres" na Venezuela em 15 de outubro, apesar das cr�ticas ao processo de parte da comunidade internacional, inclusive do Alto Comissariado da Organiza��o das Na��es Unidas para os Direitos Humanos, da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) e da Uni�o Europeia, bem como de v�rios pa�ses, como os EUA. Por outro lado, o processo eleitoral foi apoiado por China, Ir�, R�ssia e Turquia, por exemplo. Em sua fala hoje, Maduro disse que falou recentemente por telefone com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que renovou seu apoio.
Maduro comparou o quadro atual no pa�s ao da tentativa de golpe enfrentado pelo ent�o presidente Hugo Ch�vez (1954-2013), em 11 de abril de 2002. Ele lembrou que, na ocasi�o, o economista e empres�rio Pedro Carmona se autointitulou presidente, por�m as for�as de seguran�a retomaram o controle da situa��o e Ch�vez voltou ao posto. "Nem golpismo nem intervencionismo", discursou o atual l�der, indicado por Ch�vez como seu sucessor. "Quem elegeu o presidente da rep�blica foi o povo e n�o nos calaremos."
Na opini�o de Maduro, o governo americano comete "uma grav�ssima insensibilidade e uma insensatez", ao reconhecer Guaid� como presidente interino. "Hoje � um dia hist�rico de reafirma��o de nossa soberania", ressaltou, dizendo que os assuntos nacionais devem ser resolvidos por seu povo. "Os extremistas assaltaram o poder e querem conduzir-nos ao enfrentamento."
Maduro afirmou que seu governo defender� a soberania "a todos custo", com "o povo e as For�as Armadas". Ele lembrou que a Constitui��o n�o contempla qualquer forma de elei��o de presidente que n�o seja o voto popular, portanto a atitude de Guaid� seria "uma quest�o para a Justi�a, a fim de preservar o Estado".
O presidente venezuelano disse que os EUA t�m "interesse e ambi��o" pelo petr�leo, o g�s e o ouro do pa�s latino-americano. Al�m disso, criticou pa�ses vizinhos, falando em "lacaios da direita" que apoiam os americanos. Maduro atacou especificamente a Col�mbia, dizendo que a pol�tica venezuelana n�o pode se curvar a Bogot�, e tamb�m o Equador, afirmou que o presidente Lenin Moreno � "nazi-fascista e traidor", por causa do comportamento equatoriano em rela��o aos imigrantes venezuelanos. Maduro disse que pretendia enviar avi�es para levar de volta os venezuelanos que desejem "viver em sua p�tria".