
As autoridades dos Estados Unidos aprovaram o lan�amento no mercado de um rem�dio apresentado como uma revolu��o no tratamento da depress�o, uma doen�a minimizada por muitos, mas devastadora para os diagnosticados com o mal.
A ag�ncia americana de medicamentos, a FDA, seguiu as recomenda��es de especialistas e aprovou a esketamina em forma de spray nasal, que ser� comercializada com o nome de Spravato pela Janssen, a unidade farmac�utica de Johnson & Johnson's.
A esketamina daria uma nova esperan�a aos pacientes adultos que resistem atualmente aos rem�dios dispon�veis, como o Prozac.
O novo f�rmaco, pensado para as pessoas que j� testaram outros medicamentos, � apresentado como uma revolu��o no combate � depress�o.
Pierre de Maricourt, m�dico do hospital Sainte-Anne de Paris, que participa em dois testes cl�nicos de fase 3 do medicamento, financiados pela Janssen, elogiou a aprova��o do rem�dio.
Ele destacou a "significativa efetividade e a velocidade de a��o da esketamina em poucos dias, quando leva de seis a oito semanas para um antidepressivo convencional".
"Nosso programa de pesquisa sobre a esketamina em forma de spray nasal demonstra uma rela��o de risco-benef�cio positiva para os adultos que sofrem uma depress�o resistente aos tratamentos atuais", disse Husseini K. Manji, diretora de terapias de neuroci�ncias na Janssen.
O laborat�rio afirma que a mol�cula permite combater os pensamentos suicidas.
Maricourt disse que o tratamento deve ser administrado em um centro de sa�de para monitorar o paciente.
A FDA restringiu a distribui��o do rem�dio, com uso sob vigil�ncia m�dica, devido ao "potencial de abuso" do medicamento.
Kim Witczak, que representa os consumidores no painel da FDA e que denuncia os efeitos colaterais dos antidepressivos desde a morte de seu marido, votou contra a autoriza��o de venda, por considerar que os testes podem ser insuficientes.
A esketamina est� relacionada com a ketamina, que � usada como um anest�sico em humanos e animais, mas que tamb�m � um narc�tico.
De acordo com a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), quase 300 milh�es de pessoas sofrem de depress�o, uma doen�a que limita a capacidade de uma vida cotidiana normal, mas que tem sua gravidade frequentemente subestimada ou confundida com uma depress�o passageira. Os casos mais graves podem levar ao suic�dio.