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Estado de Minas

Confer�ncia mundial sobre biodiversidade descreve panorama sombrio do futuro

Destrui��o da natureza amea�a humanidade tanto quanto as mudan�as clim�ticas e precisa ser controlada


postado em 29/04/2019 07:49 / atualizado em 29/04/2019 10:35

(foto: Wikimedia Commons)
(foto: Wikimedia Commons)

A mensagem transmitida nesta segunda-feira na abertura de uma confer�ncia mundial sobre a biodiversidade � clara: a destrui��o da natureza amea�a o bem-estar do homem "ao menos tanto" quanto a mudan�a clim�tica e merece, portanto, tanta aten��o quanto para evitar impactos devastadores.


Cientistas e diplomatas de mais de 130 pa�ses est�o reunidos at� s�bado em Paris para adotar a primeira avalia��o mundial dos ecossistemas em 15 anos, um sombrio panorama da natureza vital para a humanidade.


"As provas s�o ineg�veis: nossa destrui��o da biodiversidade e do servi�os do ecossistema alcan�aram n�veis que amea�am nosso bem-estar ao menos tanto quanto as mudan�as clim�ticas induzidos pelo homem", declarou Robert Watson, o presidente da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Servi�os Ecossist�micos (IPBES).


O grupo de especialistas trabalhou durante tr�s anos em um relat�rio de 1.800 p�ginas, que deve se tornar a verdadeira refer�ncia cient�fica sobre a biodiversidade, assim como os do IPCC para o clima.


Se a palavra "biodiversidade" �s vezes parece abstrata, diz respeito a todas as esp�cies animais ou vegetais que vivem no planeta, incluindo aquela que se coloca em perigo ao destruir a natureza: o Homem.


E o Homem n�o pode viver sem essa natureza que lhe presta servi�os inestim�veis, desde insetos polinizadores a florestas e oceanos absorvendo CO2, passando pelos medicamentos ou a �gua pot�vel.


Quanto ao clima, "este m�s de abril de 2019 pode marcar o in�cio de uma 'virada parisiense' semelhante para a biodiversidade e as contribui��es da natureza para as pessoas", estimou Watson.


Muitos esperam que a avalia��o sirva de prel�dio para a ado��o de metas ambiciosas na reuni�o em 2020 na China dos Estados membros da Conven��o das Na��es Unidas sobre Diversidade Biol�gica (COP15).


Quase nenhuma das 20 metas previamente estabelecidas para 2020, que visam uma vida "em harmonia com a natureza", at� 2050, ser� alcan�ada, de acordo com resumo preliminar do relat�rio obtido pela AFP. O relat�rio final ser� discutido, alterado e adotado linha a linha pelos delegados antes de sua publica��o em 6 de maio.


"O patrim�nio ambiental global (...) est� sendo alterado a um n�vel sem precedentes", adverte este texto.


De acordo com o resumo preliminar, v�rias "evid�ncias independentes apontam para uma r�pida acelera��o iminente da taxa de extin��o de esp�cies (...) mesmo se os fatores (desta extin��o) n�o tenham se intensificado".


Um quarto das 100.000 esp�cies avaliadas - uma por��o m�nima das 8 milh�es estimadas na Terra - j� est�o sob amea�a de extin��o, sob press�o da agricultura, da pesca, da ca�a, ou ainda da mudan�a clim�tica.


E com a acelera��o esperada da taxa de extin��o, entre 500.000 e um milh�o devem estar em risco, "muitas delas nas pr�ximas d�cadas".

(foto: Wikipedia)
(foto: Wikipedia)
 


"Morrendo"


Proje��es em conson�ncia com o que alguns cientistas v�m descrevendo h� anos: o in�cio da sexta "extin��o em massa", a primeira desde o aparecimento dos homens no planeta.


"Este relat�rio fundamental lembrar� todos n�s desta verdade: as gera��es de hoje t�m a responsabilidade de legar �s gera��es futuras um planeta que n�o seja irreparavelmente danificado pelas atividades humanas", disse Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco que hospeda a reuni�o.


"A ci�ncia nos diz o que os nossos s�bios vem reportando h� d�cadas: a Terra est� morrendo", disse Jos� Gregorio Mirabal, presidente da COICA, uma organiza��o que re�ne organiza��es ind�genas da bacia amaz�nica.


"N�s pedimos urgentemente um acordo internacional para a natureza, para restaurar metade do mundo natural o mais r�pido poss�vel", acrescentou, � medida que este relat�rio global leva em conta pela primeira vez os problemas e prioridades dos povos ind�genas.


O texto liga claramente as duas principais amea�as que s�o o aquecimento global e a destrui��o da natureza, identificando algumas causas semelhantes, em particular pr�ticas agr�colas e desmatamento, respons�veis por cerca de um quarto das emiss�es de CO2, bem como danos diretos aos ecossistemas.


Mas dada a escala das reformas a serem implementadas, que implicam uma verdadeira transforma��o de nossos estilos de vida em um planeta cada vez mais populoso, a resist�ncia pode ser ainda mais forte do que a na luta contra a mudan�a clim�tica.


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