
Acompanhando a postura adotada pelo Reino Unido e pela Alemanha, o governo espanhol tamb�m criticou a proposta do presidente franc�s Emmanuel Macron de bloquear o acordo entre a Uni�o Europeia e o Mercosul.
"Para a Espanha o objetivo de luta contra a mudan�a clim�tica � um objetivo priorit�rio, mas consideramos que � justamente aplicando as cl�usulas ambientais do Acordo que mais se pode avan�ar, e n�o propondo um bloqueio de sua ratifica��o que isole os pa�ses do Mercosul", afirmou, neste s�bado (24), a presid�ncia do governo da Espanha em uma declara��o recebida pela AFP. "A Espanha liderou o �ltimo impulso para a assinatura do Acordo UE-Mercosul, que vai abrir enormes oportunidades para ambos os blocos regionais", lembrou a fonte consultada.
A proposta de Macron, em plena inquieta��o mundial pelos grandes inc�ndios na Amaz�nia, n�o desmente por outro lado a vacilante atitude que Paris teve com o acordo entre os grandes blocos comerciais europeu e sul-americano, que sup�e um grande desafio para seu setor agropecu�rio.
Macron chegou a acusar o presidente Jair Bolsonaro de "mentir" sobre seus compromissos ambientais. O G7, que inicia neste s�bado suas reuni�es em Biarritz, prepara inclusive uma resposta "concreta" ao fogo que consome a floresta tropical, segundo a Fran�a.
Cautela alem�
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse neste s�bado que compartilha da preocupa��o do presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, sobre os inc�ndios na floresta Amaz�nia, mas afirmou que impedir um acordo comercial entre a Uni�o Europeia e o Mercosul n�o ajudar� a reduzir a destrui��o da floresta.
Ontem, ao chegar para a reuni�o das sete economias mais fortes do mundo (G-7), M�cron amea�ou bloquear o acordo comercial recentemente acordado com o Mercosul, que inclui Argentina, Paraguai e Uruguai. A Irlanda juntou-se � amea�a.
Segundo e-mail do governo de Merkel, o acordo do Mercosul possui uma declara��o de com�rcio que "inclui um ambicioso cap�tulo de sustentabilidade com regras vinculativas sobre prote��o, em que ambos os lados se comprometeram a implementar em um acordo sobre o clima", destacou.
"A n�o-conclus�o (do acordo) �, portanto, do nosso ponto de vista, uma resposta n�o apropriada ao que est� acontecendo atualmente no Brasil", concluiu o governo alem�o.
O primeiro ministro brit�nico, Boris Johnson, se posicionou pouco depois de Merkel, ao desembarcar no balne�rio franc�s de Biarritz, onde participar� do G7. “H� todo tipo de pessoa que usar� qualquer desculpa para interferir no com�rcio e frustrar os acordos comerciais, e eu n�o quero ver isso”, disse Johnson a rep�rteres.