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Estado de Minas

Justi�a francesa autoriza galo a continuar cantando; queixosos ter�o que pagar danos morais � propriet�ria

O animal se tornou um s�mbolo da resist�ncia rural na Fran�a, onde uma peti��o para "salv�-lo" recebeu mais de 140.000 assinaturas; entenda


postado em 05/09/2019 07:55 / atualizado em 05/09/2019 09:54

(foto: XAVIER LEOTY / AFP)
(foto: XAVIER LEOTY / AFP)


Um tribunal franc�s autorizou nesta quinta-feira (5) o galo Maurice a continuar cantando, rejeitando a queixa dos vizinhos que acusaram a ave de acord�-los muito cedo, uma senten�a vista como uma vit�ria para as tradi��es rurais da Fran�a.


"Maurice venceu e os queixosos ter�o que pagar mil euros � propriet�ria por danos morais", declarou Julien Papineau, advogado da propriet�ria Corinne Fesseau ao deixar o tribunal de Rochefort (sudoeste). "N�o tenho palavras. Vencemos. � uma vit�ria para todas as pessoas na minha mesma situa��o. Espero que crie jurisprud�ncia", disse a dona do galo, que foi alvo de manchetes em todo o mundo.


"Todo mundo vai ser protegido: sinos, sapos, etc.", acrescentou, referindo-se a outras queixas semelhantes contra os ru�dos do mundo rural, que muitas vezes op�em os habitantes de sempre aos 'neorrurais'.


Maurice se tornou um s�mbolo da resist�ncia rural na Fran�a, onde uma peti��o para "salv�-lo" recebeu mais de 140.000 assinaturas.


Seu cacarejo ao amanhecer incomoda os propriet�rios de uma resid�ncia de veraneio na ilha tur�stica de Oleron, no sudoeste da Fran�a, que o denunciaram na justi�a por "dano sonoro".


N�o � um julgamento "da cidade contra o campo. � um problema de dano sonoro. O galo, o cachorro, a buzina, a m�sica... � um caso de barulho", sustentou o advogado Vincent Huberdeau, que representa os autores da den�ncia, em audi�ncia em 4 de julho.


A dona do galo argumentou no tribunal que nunca havia recebido queixas sobre o cacarejo de Maurice. "Os galinheiros sempre existiram. Entre 40 vizinhos, incomoda apenas dois", apontou. Para Fesseau, "o campo tem direito a seus ru�dos. O galo tem o direito de cantar".


O caso de Maurice, embora aned�tico, ilustra temores de que o mundo rural desapare�a na Fran�a, devido ao decl�nio da atividade agr�cola e pecu�ria e ao �xodo de jovens para a cidade.

Bruno Dionis du S�jour, prefeito da pequena cidade de Gajac, no sudoeste da Fran�a, publicou uma carta enfurecida para defender o "direito" dos sinos das igrejas a tocar, das vacas de mugir e dos burros de zurrar.


A alus�o aos sinos se deve a uma disputa de 2018 em uma cidade na regi�o de Doubs (leste), onde os propriet�rios de uma resid�ncia de veraneio reclamaram que os sinos tocavam �s 07h00, muito cedo na sua opini�o.


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