(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Elefantes s�o escravizados para incentivar o turismo na Tail�ndia

Desde a proibi��o da explora��o na ind�stria florestal, h� 30 anos, elefantes e domadores desempregados passaram ser usado pelo turismo de massa


postado em 27/12/2019 10:55 / atualizado em 27/12/2019 12:26

Foto tirada em 17 de novembro mostra o bebê Ploy treinando para realizar truques na aldeia de elefantes Ban Ta Klang, na província de Surin, no Nordeste da Tailândia(foto: Lillian SUWANRUMPHA / AFP)
Foto tirada em 17 de novembro mostra o beb� Ploy treinando para realizar truques na aldeia de elefantes Ban Ta Klang, na prov�ncia de Surin, no Nordeste da Tail�ndia (foto: Lillian SUWANRUMPHA / AFP)
Separados de suas m�es, espancados e �s vezes privados de comida, os elefantes tailandeses s�o domesticados � for�a antes de serem vendidos em resorts que se autodenominam "santu�rios" para atrair viajantes conscientes do abuso de animais.

Em Ban Ta Klang (leste), a maioria dos paquidermes que terminam nesses "centros de resgate" s�o treinados, ou melhor, sujeitados a domadores, que os for�am a interagir com os visitantes.
Com apenas dois anos, o filhote de elefante � separado de sua m�e, embora ainda dependa dela. S�o amarrados, �s vezes privados de comida e frequentemente agredidos com paus ou um gancho de metal para que obede�am �s ordens.

"N�s n�o os criamos para machuc�-los... Se eles n�o forem teimosos, n�o fazemos nada com eles", assegura o adestrador Charin � AFP, pedindo a um jovem elefante que fique em p�.

Um mahout treina seu elefante vestido com uma fantasia de Papai Noel antes de uma apresentação para crianças (foto: Mladen ANTONOV / AFP)
Um mahout treina seu elefante vestido com uma fantasia de Papai Noel antes de uma apresenta��o para crian�as (foto: Mladen ANTONOV / AFP)
Ele treina os paquidermes por US$ 350 por m�s, ensinando-os a pintar, jogar futebol, tocar m�sica, seja l� o que os propriet�rios pedirem.

"Eu sempre morei com eles. Eles fazem parte da nossa fam�lia", diz o domador, que seguiu a profiss�o do av� e do pai.

80.000 d�lares 

Desde a proibi��o da explora��o na ind�stria florestal, h� 30 anos, elefantes e domadores desempregados passaram ser usado pelo turismo de massa.

Uma vez treinados, os animais s�o vendidos por at� US$ 80.000, um investimento colossal e rent�vel.

Uma tarefa f�cil para parques de divers�es, como o Mae Taeng, localizado perto de Chiang Mai (norte), e que recebe at� 5.000 visitantes por dia.

Com uma perna no ar e um pincel na tromba, Suda faz cinco pinturas sob os aplausos dos visitantes que pagaram 50 d�lares de entrada.

Suas telas, que parecem estampas japonesas, s�o vendidas por at� US$ 150. Depois, chega o momento mais esperado: o passeio nas costas de um elefante.

Muitos abrigos e santu�rios n�o oferecem mais esses passeios, boicotados cada vez mais por turistas ocidentais.

Mas a maioria oferece uma atividade igualmente controvertida: tomar banho com o animal.

"� fortemente desencorajado. � estressante, especialmente quando voc� precisa interagir com jovens muito excitados, e pode causar ferimentos aos turistas", diz Jan Schmidt-Burbach, da World Animal Protection.

O objetivo � colocar o visitante o mais pr�ximo poss�vel do paquiderme para alimentar, escovar e cuidar dele.

Depois que acaba a experi�ncia, o turista n�o v� o lado sombrio da brincadeira: em alguns "abrigos", os elefantes ficam acorrentados por horas, for�ados a dormir no concreto e s�o mal alimentados.

Observar sem tocar 

Dos 220 parques de elefantes registrados no pa�s, a maioria promete um turismo mais �tico e com "condi��es de vida satisfat�rias", segundo a World Animal Protection.

� o caso do ChangChill, uma pequena estrutura em torno de Chiang Mai, no meio de arrozais.

Em alguns meses, houve uma revolu��o em sua opera��o para garantir o bem-estar animal ideal.

No lugar se observa os animais respeitando uma dist�ncia de 15 metros.

"N�o somos obrigados a fazer o que n�o aprovamos instintivamente", explica o diretor Supakorn Thanaseth.

Segundo ele, os perigos de acidentes se devem ao estresse do animal.

ChangChill espera ser lucrativo na alta temporada, mas s� pode receber 40 turistas di�rios e exibir seis elefantes sozinhos.

Aumento de cativeiro 

A Tail�ndia tem quase 4.000 esp�cimes em cativeiro e seu n�mero aumentou 30% em 30 anos. Reintroduzi-los em seu habitat natural n�o � poss�vel devido � falta de espa�o e pode desencadear conflitos com as pessoas, diz a autoridade de turismo tailandesa.

Especialistas acreditam que o setor deve ser organizado, pois carece de regulamenta��o.

Mas as autoridades n�o parecem ter pressa em colocar ordem nesse neg�cio lucrativo.

Um relat�rio de associa��es para a defesa dos direitos dos animais defendeu um controle mais rigoroso dos elefantes em cativeiro no ano passado.

Uma vez "domesticado", o animal � considerado um simples bem, segundo a lei tailandesa, ao contr�rio dos elefantes selvagens, que est�o protegidos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)