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Estado de Minas

Em entrevista, Juan Guaid� diz que 'n�o h� op��o de rendi��o' na Venezuela

Em entrevista exclusiva ao Correio, Juan Guaid�, 36 anos, afirmou n�o ter d�vidas de que ser� reeleito, hoje, para seguir liderando o Legislativo


postado em 05/01/2020 09:14 / atualizado em 05/01/2020 09:23

Guaidó considera naturais as críticas em relação a um suposto esmorecimento de sua liderança (foto: Yuri CORTEZ / AFP )
Guaid� considera naturais as cr�ticas em rela��o a um suposto esmorecimento de sua lideran�a (foto: Yuri CORTEZ / AFP )
Em 18 dias, o homem que comanda a Assembleia Nacional da Venezuela completar� um ano como presidente autoproclamado do pa�s, reconhecido por mais de 50 na��es como o leg�timo chefe de Estado venezuelano. Em entrevista exclusiva ao Correio, Juan Guaid�, 36 anos, afirmou n�o ter d�vidas de que ser� reeleito, hoje, para seguir liderando o Legislativo, o �nico poder controlado pela oposi��o ao presidente Nicol�s Maduro. Os advers�rios de Maduro mant�m dois ter�os dos 167 assentos. No entanto, cerca de 30 legisladores opositores se exilaram ou se refugiaram em sedes diplom�ticas, depois de terem a imunidade parlamentar cassada.
 
Para permanecer no posto, Guaid� precisar� de uma maioria simples, ou 84 votos. Ele denunciou que o Pal�cio de Miraflores tem buscado, por todos os meios poss�veis, anular a Assembleia Nacional. Guaid� considera naturais as cr�ticas em rela��o a um suposto esmorecimento de sua lideran�a e assegura contar com o respaldo da maioria dos 31,6 milh�es de venezuelanos — parte deles refugiada em pa�ses vizinhos e na Espanha. O l�der autoproclamado lamentou a deteriora��o das condi��es de vida da popula��o e a tentativa de Maduro de simular uma falsa sensa��o de normalidade. Para 2020, Guaid� tem uma promessa: “N�s vamos surpreender o mundo”.
 
Como o senhor v� a import�ncia da reelei��o da mesa diretora da Assembleia Nacional, hoje, e suas possibilidades de permanecer como presidente do parlamento?
 
N�o temos d�vida de que seremos reeleitos hoje. No seio da Assembleia Nacional, se acordou que permane�amos � frente da diretiva da mesma por mais um ano. As press�es de todo tipo — em particular, a viol�ncia e a persegui��o contra nossos colegas deputados pela ditadura nos �ltimos meses — s�o uma medida da import�ncia de o campo democr�tico seguir exercendo o controle do parlamento. N�o por um capricho nosso, mas pela vontade que expressaram os eleitores venezuelanos quatro anos atr�s, a qual, no exerc�cio de nossas responsabilidades, temos defendido. A Assembleia Nacional da Venezuela � o �nico �rg�o leg�timo em nosso pa�s. O regime tem buscado anul�-la por todos os meios poss�veis. Mais de 20 deputados tiveram de se exilar por persegui��o pol�tica; um foi preso ilegalmente (Juan Requesens); outro est� desaparecido (Gilbert Caro); e h� um asilado em uma embaixada (Freddy Guevara). Apesar disso, seguimos contando com o respaldo da maioria dos cidad�os venezuelanos e o reconhecimento de 56 democracias.
 
Existe o risco de Nicol�s Maduro atentar contra a escolha da mesa diretora e impedir a sua reelei��o?
 
Maduro conta com o poder da for�a bruta. Com nada mais do que isso. Existe o risco de ele us�-la para impedir o desenvolvimento da Assembleia? Sem d�vida existe esse risco. Mas n�s estaremos aqui para enfrent�-lo.
 
H� quase um ano, o senhor se proclamou presidente da Venezuela. Como responde a cr�ticas de que sua lideran�a perdeu for�a?
 
Creio ser um fato normal a eros�o do respaldo a qualquer pol�tico. Eu entendo isso, mais ainda nas circunst�ncias t�o anormais de meu pa�s. No entanto, todos os estudos de opini�o p�blica recentes indicam que seguimos contando com o respaldo majorit�rio dos cidad�os venezuelanos. Isso demonstra uma grande maturidade da popula��o, que compreende as dificuldades que enfrentamos. Mas, tamb�m, uma grande responsabilidade para n�s. Uma mensagem muito clara de que temos uma tarefa pendente a ser conclu�da e na qual n�o h� op��o de rendi��o.
 
O que mudou na Venezuela, desde aquele 23 de janeiro de 2019?
 
Creio que ocorreu uma mudan�a na Venezuela, em 2019. N�o aquela que gostar�amos. Mas ocorreu uma transforma��o: o fim do chavismo como projeto pol�tico e ideol�gico. Isso acabou. O que fica � uma minoria, que se aferra para crescer com as vantagens do poder, fazendo neg�cios �s custas da fome e da necessidade de milh�es de venezuelanos.
 
Mas qual o balan�o que o senhor faz da Venezuela de hoje com aquela do momento de sua proclama��o como presidente?
 
Sem d�vida, as coisas pioraram para a popula��o. A crise humanit�ria complexa persiste. A migra��o massiva de venezuelanos fugindo da viol�ncia e da fome, tamb�m. Hoje, h� um deficit de 80% dos medicamentos nos hospitais. As vacinas e os retrovirais escassearam. Metade do pa�s recebeu o ano-novo sem abastecimento de energia el�trica. O desabastecimento de combust�vel se agravou. Para criar uma falsa sensa��o de normalidade, Maduro liberou as importa��es de todos os tipos de produtos, mas, ao mesmo tempo, bloqueou a entrada de ajuda humanit�ria das Na��es Unidas.
 
Como v� as den�ncias de amea�as, pris�es e subornos por parte do regime de Maduro para fazer com que os deputados vetem sua perman�ncia no comando da Assembleia Nacional?
 
N�o posso dizer que nos acostumamos, pois essa � a ideia que pessoalmente combato todos os dias. Essa tem sido e � a nossa luta. Maduro, obviamente, est� muito interessado em que eu n�o siga neste cargo. Lamentavelmente, h� fatores da oposi��o que coincidem com ele nesse prop�sito. Felizmente, a maioria dos nossos deputados se manteve firme. No entanto, a persegui��o piorou contra eles.
 
O que o senhor espera da Venezuela em 2020 e da luta da oposi��o para retirar Maduro do poder?
 
Retomar a ofensiva pol�tica e a mobiliza��o popular este ano. N�s, venezuelanos, n�o vamos nos render. N�s vamos surpreender o mundo.
 
A Assembleia Nacional da Venezuela � o �nico �rg�o leg�timo em nosso pa�s. O regime tem buscado anul�-la por todos os meios poss�veis. Mais de 20 deputados tiveram de se exilar por persegui��o”


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