
A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) passou a classificar nesta segunda-feira, 27, como "elevado" o risco internacional do coronav�rus, ap�s qualific�-lo como "moderado" em informe na semana passada. Segundo a entidade, houve erro de formula��o do texto na avalia��o anterior. O total de mortos pela doen�a chegou a 106 na China e houve o primeiro �bito em Pequim. Ao menos outros 12 pa�ses, em 3 continentes, j� reportaram casos - nesta segunda a Alemanha entrou na lista. No Brasil, n�o h� infec��es registradas, segundo o governo federal. Minas informou apurar a situa��o de uma jovem de 22 anos, que veio da China e apresenta sintomas respirat�rios, mas ainda vai discutir o caso com o Minist�rio da Sa�de.
"Trata-se de um erro de formula��o nos informes de situa��o dos dias 23, 24 e 25 de janeiro, e o corrigimos", informou uma porta-voz da institui��o, que tem sede em Genebra. A avalia��o do risco de dissemina��o do v�rus, conforme a OMS, foi atualizada para: "muito elevado" na China, "elevado" em n�vel regional e "elevado" em n�vel mundial. Isso n�o significa que foi declarada emerg�ncia global. A avalia��o de risco, diz a entidade, considera a gravidade, a dissemina��o e a capacidade de responder ao avan�o do surto, que j� tem cerca de 4,1 mil casos confirmados pelo mundo, a maioria na China.
Na semana passada, a OMS se dividiu, mas a organiza��o optou por n�o declarar emerg�ncia internacional em sa�de p�blica - o que surpreendeu parte dos especialistas. A situa��o de emerg�ncia foi decretada pela entidade, por exemplo, na pandemia de H1N1, em 2009, e na epidemia de zika, em 2016.
A OMS disse que, at� a semana passada, havia n�mero localizado e limitado de casos e destacou as provid�ncias do governo chin�s. O pa�s j� colocou mais de 40 milh�es de habitantes em quarentena, suspendeu parte dos transportes e restringiu acesso a locais p�blicos, al�m de estender o feriado do ano-novo lunar.
A Mong�lia fechou a fronteira terrestre com a China, com mais de 4,6 mil quil�metros, em um esfor�o para conter o v�rus. Escolas e universidades locais tamb�m foram fechadas at� 2 de mar�o. A Mal�sia vai barrar moradores da Prov�ncia de Hubei, epicentro do surto.
J� Estados Unidos, Fran�a, Espanha, Jap�o, Sri Lanka, Austr�lia e R�ssia se organizam para tirar seus cidad�os de Hubei, em meio �s medidas chinesas de isolamento. Entre as provid�ncias, est�o negocia��es com Pequim e frete de avi�es para levar os cidad�os de volta.
A OMS disse tamb�m nesta segunda-feira estar investigando se o v�rus � contagioso no per�odo de incuba��o, antes que apare�am os sintomas. Para a entidade, essa etapa dura de dois a dez dias. Cientistas acreditam que o v�rus pode ter manifesta��o assintom�tica.
Brasil
O governo federal disse nesta segunda que a situa��o est� sob controle no Pa�s e afirmou que n�o v� necessidade de averiguar todas as aeronaves que v�m da China. Presidente substituto da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), Antonio Barra Torres disse que a vigil�ncia sanit�ria ser� chamada para an�lise mais detalhada s� se for notificada presen�a de pessoa com suspeita do v�rus, o que ainda n�o ocorreu em voos que chegaram ao Brasil."A notifica��o (de suspeitas) n�o � op��o do comandante. � compuls�ria. Nos casos em que � feita a notifica��o, a equipe ter� acesso ao ve�culo. Vai efetuar triagem inicial." Se houver suspeita, a abordagem da Anvisa poder�, por exemplo, isolar o voo e levar os passageiros a um local seguro. Eles poder�o ser monitorados por equipes de vigil�ncia sanit�ria nos dias seguintes. A abordagem da ag�ncia, por�m, depender� do caso.
"Os riscos existem. Estamos diante de situa��o de um agente viral levando a graves consequ�ncias de sa�de." De acordo com Torres, as regras da ag�ncia t�m sido suficientes at� agora. (Com ag�ncias internacionais).
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.