Um total de 16 milh�es a mais de crian�as de Am�rica Latina e Caribe estar�o vivendo na pobreza at� o fim de 2020 caso n�o sejam tomadas medidas urgentes para combater a crise econ�mica causada pela pandemia, advertiram nesta quinta-feira Unicef e Save The Children.
"Este aumento esmagador colocaria Am�rica Latina e Caribe em n�veis semelhantes aos de quase 10 anos atr�s e reverteria significativamente os avan�os na luta contra a pobreza infantil registrados na maior parte da regi�o no s�culo XXI", diz M�nica Rubio, assessora de pol�ticas sociais do Unicef para a regi�o, citada no comunicado.
As crian�as de Am�rica Latina e Caribe sofrer�o os efeitos econ�micos mais severos da pandemia, atr�s de alguns pa�ses europeus e da �sia Central, segundo o estudo, baseado em proje��es do Banco Mundial e Fundo Monet�rio Internacional e dados demogr�ficos de uma centena de pa�ses. Al�m disso, a crise gerada pela pandemia ampliar� o abismo existente entre as crian�as de fam�lias pobres e ricas, assinala o texto.
Segundo a Cepal, em consequ�ncia da pandemia, a regi�o ir� experimentar a pior contra��o econ�mica desde 1930, de 5,3%. A Am�rica do Sul ver� crescer quase 30% o n�mero de crian�as que viver�o em lares pobres, cerca de 11 milh�es a mais do que no ano passado.
Unicef e Save The Children pediram que sejam ampliados "rapidamente e em larga escala" os programas de prote��o social, incluindo as ajudas em dinheiro, os refeit�rios escolares e qualquer outro benef�cio que chegue �s crian�as. Al�m disso, recomendaram que sejam criadas as bases para que os pa�ses enfrentem futuras crises a um custo social menor.
Uma perda imediata da renda significa que as fam�lias ter�o menos chances de ter acesso a uma alimenta��o suficiente, atendimento m�dico ou educa��o para seus filhos, segundo as entidades. A longo prazo, crescem as chances de as crian�as serem submetidas ao trabalho infantil e sofram viol�ncia ou transtornos mentais.
"Permitiremos que as crian�as paguem a conta da Covid-19?", questionou M�nica Rubio. "Est� cada vez mais claro que as consequ�ncias desta priva��o econ�mica para as crian�as poder�o ser duradouras ou, at� mesmo, irrevers�veis."