
A COVID-19, que j� deixou mais de 7 milh�es de infectados e mais de 404.000 mortos em todo o mundo, agrava-se na Am�rica Latina, especialmente no Brasil, M�xico e Peru, os pa�ses mais afetados.
"Embora a situa��o na Europa esteja melhorando, globalmente h� uma piora", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista por chamada de v�deo em Genebra.
"Em nove dos �ltimos 10 dias, mais de 100.000 casos foram relatados. Ontem, mais de 136.000 casos foram contabilizados, o m�ximo em um �nico dia", acrescentou.
Segundo o chefe da OMS, quase 75% dos casos registrados neste domingo estavam concentrados em 10 pa�ses, a maioria das Am�ricas e do sul da �sia.
Cerca de 400.000 nova-iorquinos voltaram aos seus empregos nesta segunda, exatamente 100 dias depois do primeiro caso de coronav�rus, e no primeiro dia da reabertura parcial, que permite o retorno da constru��o e das manufaturas. As lojas podem fazer entregas nas cal�adas ou dentro dos seus com�rcios, para clientes que tenham feito compras on-line.
"Me sinto bem de voltar", disse � AFP Michael Ostergren, gerente da livraria Shakespeare & Co., situada no bairro Upper West Side de Manhattan, enquanto os primeiros clientes chegavam para pegar seus livros. "Todos querem sair de casa", afirmou.
"Este � um momento triunfal para os nova-iorquinos que lutaram contra essa doen�a", disse o prefeito Bill de Blasio � CNN.
Mas a Am�rica Latina, novo epicentro do v�rus, com mais de 1,3 milh�o de casos e quase 66.000 mortes, prepara-se para o pior. O Brasil tem o terceiro maior n�mero de mortes por coronav�rus no mundo, mais de 36.000, mas o presidente Jair Bolsonaro continua minimizando o impacto da doen�a e pede que os governadores suspendam as medidas de isolamento.
Cr�ticos acusam Bolsonaro de manipular os n�meros de coronav�rus depois que seu governo parou de divulgar dados de novos casos e mortes e deu informa��es contradit�rias.
No M�xico, segundo pa�s con o maior n�mero de �bitos na regi�o, o presidente Andr�s Manuel L�pez Obrador, que voltou a fazer viagens pelo pa�s, disse que n�o ir� fazer testes para a doen�a, apesar de um membro do governo que o acompanha em suas coletivas di�rias � imprensa ter testado positivo.
O Peru, o terceiro pa�s mais afetado na Am�rica Latina, apesar da quarentena obrigat�ria imposta h� 85 dias, tem seu sistema de sa�de � beira do colapso por causa da falta de oxig�nio.
Na �sia, o medo do v�rus persiste, por n�o se ter certeza de que ele esteja controlado, e os casos e mortes aumentam na �ndia, cujo governo autorizou a reabertura de locais de ora��o e centros comerciais ap�s um confinamento de 10 semanas.
- Mais casos por causa dos protestos? -
Desde mar�o, o novo coronav�rus registrou mais de 21.000 mortes suspeitas e confirmadas em Nova York, cidade mais populosa dos Estados Unidos.
No cora��o de Manhattan, K.B. Barton, 61 anos, deixa a The Container Store com tr�s sacolas grandes nas m�os. "Fiz compras on-line e vim buscar meu pedido. Hoje, Manhattan est� mais movimentada. Estou mais feliz", disse � AFP, apesar de lamentar que nem todos estejam usando m�scaras.
Na regi�o do Queens, o metr� estava mais movimentado do que o normal nas �ltimas semanas na hora do rush. "Eu quase enlouqueci no confinamento", confessou � AFP Brandy Bligen, uma passageira de 70 anos, que aguarda ansiosamente a chegada da segunda fase da reabertura, que permitir� o funcionamento de restaurantes e cabeleireiros daqui a 15 dias, caso o n�mero de infectados n�o aumente.
Os bares e restaurantes de Nova York poder�o abrir na fase tr�s, mas teatros e museus apenas na �ltima fase, possivelmente no final de julho, e com capacidade reduzida.
Centenas de lojas da cidade ainda est�o fechadas devido aos roubos ocorridos durante os protestos contra o racismo e a brutalidade policial ocasionados pela morte de George Floyd.
O toque de recolher de uma semana, imposto pelo prefeito ap�s o roubo de lojas, terminou nesta segunda, �s 05H00.
Temendo um novo surto, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, pediu a todos os manifestantes que fizessem o teste para a doen�a.
Os Estados Unidos, pa�s mais afetado pela pandemia, est�o em recess�o desde fevereiro, ap�s 128 meses de crescimento,informou o Escrit�rio Nacional de Pesquisa Econ�mica.
Para o Banco Mundial, o coronav�rus causou o maior colapso da economia mundial desde 1870.
- Quarentena para todos no Reino Unido -
Na Europa, mesmo os pa�ses mais afetados est�o progredindo aos poucos para o chamado "novo normal". Na B�lgica, bares e restaurantes abriram as portas, aplicando medidas de distanciamento social entre clientes. A Irlanda abriu as lojas, al�m de permitir reuni�es de at� seis pessoas e viagens para at� 20 km de casa.
A reabertura do Reino Unido, o segundo pa�s mais afetado do mundo, com o registro de mais de 40.000 mortes, � cautelosa: quem entrar no pa�s deve cumprir uma quarentena de duas semanas, incluindo os brit�nicos. Insatisfeitas, as companhias a�reas entraram na justi�a.
Na Espanha, que registrou mais de 27.000 mortes, os jogos de futebol da Liga ser�o retomados na pr�xima quarta-feira, ap�s tr�s meses de suspens�o.
Nas regi�es de Madri e Barcelona, a segunda fase do plano de reabertura permite que todas as lojas sejam abertas a partir desta segunda, mas apenas com 40% de sua capacidade.
Nas praias de Barcelona, por exemplo, as pessoas podem tomar banho e tomar sol quando, at� o momento, s� era permitido caminhar, correr ou praticar nata��o.