O novo coronav�rus parecia quase erradicado na China, onde foi detectado no fim de dezembro de 2019 em Wuhan (regi�o central). Mas um novo foco foi detectado na semana passada na capital.
Por este motivo, as autoridades determinaram a retomada dos controles de temperatura que haviam sido suspensos nas entradas das �reas residenciais e nos pr�dios comerciais. Al�m disso, edif�cios culturais e esportivos ser�o novamente fechados.
Nesta segunda-feira, o minist�rio da Sa�de registrou 49 novos casos no pa�s, incluindo 36 vinculados ao mercado atacadista de Xinfadi, na zona sul de Pequim, o que alimenta os temores de uma segunda onda epid�mica. Este mercado abastece grande parte da capital.
Um alto funcion�rio do bairro de Haidian informou sobre a detec��o de pessoas infectadas em Yuquandong, outro mercado atacadista da capital. O local era vigiado nesta segunda-feira por policiais.
As autoridades decretaram o fechamento dos pontos de venda e das escolas pr�ximas. Tamb�m ordenaram o confinamento em 10 zonas residenciais das proximidades: os habitantes est�o proibidos de sair de casa.
Os moradores, no entanto, podem receber pacotes de entregadores nas portas de acesso. Entre as pessoas que tiveram contato pr�ximo com infectados vinculados ao mercado de Yuquandong, algumas foram automaticamente colocadas sob quarentena. Outras ter�o que carregar "term�metros inteligentes" de maneira permanente para controlar sua temperatura � dist�ncia.
O conceito de "zona residencial" na China engloba espa�os com v�rios edif�cios cercados por grades ou muros, onde, de modo geral, � poss�vel ter acesso por uma ou duas entradas, o que facilita aplicar as medidas de confinamento.
Onze bairros residenciais, que t�m milhares de habitantes, pr�ximos ao mercado de Xinfadi, j� estavam sob confinamento. O acesso ser� vetado aos n�o residentes, informou um alto funcion�rio do munic�pio.
Nos �ltimos dias, Pequim iniciou uma grande campanha de detec��o de coronav�rus. A estrat�gia envolve as pessoas que trabalham nos dois mercados mencionados, aquelas que vivem perto dos estabelecimentos ou que visitaram recentemente os locais.
Um correspondente da AFP observou nesta segunda-feira uma fila com dezenas de pessoas diante de um est�dio esportivo: elas aguardavam um teste organizado por profissionais de sa�de com trajes de prote��o.
Quase 200 postos de detec��o foram instalados na capital. V�rias cidades advertiram os moradores a n�o viajar a Pequim. Empresas e autoridades p�blicas come�aram a enviar mensagens aos funcion�rios e moradores para que informem se visitaram o mercado de Xinfadi.
Autoridades demitidas
Tamb�m foram anunciadas as primeiras san��es pol�ticas. A prefeitura de Pequim demitiu dois altos funcion�rios do bairro de Fengtai, onde fica Xinfadi, assim como o diretor do mercado.
Uma certa escassez de produtos foi observada na cidade. No supermercado Xianhui (centro de Pequim), algumas prateleiras de frutas estavam vazias nesta segunda-feira. Os funcion�rios explicaram que foram retiradas porque procediam de Xinfadi.
A China tem atualmente 177 pessoas com COVID-19, duas em estado grave. Este � o n�vel mais elevado desde o in�cio de maio. Nenhuma morte foi registrada em um m�s.