
"Temos que enfrentar a subst�ncia do problema, n�o os s�mbolos. Temos que abordar o presente, n�o tentar reescrever o passado - e isso significa que n�o podemos, e n�o devemos, nos envolver em um debate sem fim sobre qual figura hist�rica bem conhecida � suficientemente pura, ou politicamente correta, para permanecer � vista do p�blico", escreveu o l�der conservador em uma coluna no jornal "The Telegraph" nesta segunda-feira (15j).
Reconhecendo que "mais precisa ser feito", ele anunciou o estabelecimento de uma comiss�o para examinar "todos os aspectos das desigualdades" no emprego, na sa�de e at� nos estudos universit�rios.
Na televis�o, Johnson disse que quer "mudar o discurso para acabar com esse sentimento de vitimiza��o e de discrimina��o", atraindo a ira da oposi��o.
"Os negros n�o fazem papel de v�timas, como Boris indica, eles protestam precisamente porque o tempo para estudar terminou, e agora � o momento de agir", protestou David Lammy, respons�vel por quest�es de justi�a no Partido Trabalhista.
"� profundamente perturbador - e francamente imaturo - que o Reino Unido ainda esteja debatendo se o racismo realmente existe", ressaltou.
A morte de George Floyd, um negro asfixiado por um policial branco nos Estados Unidos, foi seguida por grandes protestos antirracistas no Reino Unido e em outras partes do mundo.
No s�bado, policiais e manifestantes de direita que alegavam "proteger" monumentos de atos de vandalismo entraram em confronto. A pol�cia prendeu 113 pessoas.
No "Telegraph", Boris Johnson declarou ser "absolutamente absurdo que grupos de v�ndalos de extrema direita e criadores de problemas convergissem em Londres com a miss�o de proteger a est�tua de Winston Churchill".
O monumento havia sido vandalizado no fim de semana anterior � margem de manifesta��es antirracismo provocadas pela morte de George Floyd. A inscri��o "era um racista" foi pichada sobre o nome do l�der conservador, acusado de ter feito coment�rios racistas, principalmente contra os indianos.
Churchill "era um her�i", escreveu Johnson.
"Resistirei com todas as minhas for�as a qualquer tentativa de remover esta est�tua da Pra�a do Parlamento e, quanto mais cedo pudermos remover a prote��o que a cerca, melhor", insistiu.
Em vez dos ataques a est�tuas, como a do "comerciante de escravos" Edward Colston, arrancada de seu pedestal por ativistas antirracistas em Bristol (sudoeste da Inglaterra), Boris Johnson se ofereceu para "construir outras e celebrar as pessoas que, de acordo com nossa gera��o, merecem um monumento".