
Segundo a revista jesu�ta Civilt� Cattolica, o assunto "at� agora n�o recebeu a aten��o que merece".
Esses abusos "na maioria das vezes n�o assumem a forma de viol�ncia sexual e n�o afetam menores", informou a revista.
Algumas freiras permanecem em seus cargos por d�cadas, outras recebem membros da fam�lia, em regime de pens�o completa, �s custas da comunidade. A revista registra que �s vezes s�o enterradas no convento.
Uma madre superiora "levou a m�e para a comunidade das irm�s e ela ficou l� at� morrer, permitindo que usasse o espa�o por 20 anos", revela a investiga��o.
O t�tulo dessas freiras, em alguns casos, "parece garantir outros privil�gios exclusivos, como se beneficiar de melhores cuidados m�dicos, enquanto uma simples freira n�o pode nem consultar um oftalmologista ou um dentista, porque � preciso "economizar".
Algumas freiras n�o puderam comprar roupas quentes para o frio pelas mesmas raz�es.
"O arm�rio das madres superioras est� cheio de roupas que elas compram com o dinheiro da comunidade sem consultar ningu�m, enquanto outros n�o t�m nem uma outra roupa para trocar", ressalta a Civilt� Cattolica.
"Infelizmente, � a realidade di�ria de algumas irm�s: uma realidade que elas n�o podem denunciar. Ou por n�o saberem com quem entrar em contato ou por medo de sofrer repres�lias", acrescentou.
Em janeiro, o cardeal Jo�o Braz de Aviz, prefeito da poderosa Congrega��o para os Institutos de Vida Consagrada, revelou que ex-freiras "abandonadas" pela Igreja Cat�lica, algumas das quais tiveram que se prostituir para sobreviver, conseguiram se refugiar em uma resid�ncia do Vaticano, aberta a pedido do Papa Francisco.