Reino Unido: mineira relata como tem sido a pandemia nos pa�ses europeus

Ap�s mais de nove meses desde o in�cio da pandemia do novo coronav�rus, o Reino Unido come�ou a vacinar os grupos de risco e profissionais da sa�de. Mas, mesmo com o in�cio da distribui��o em massa, as pessoas v�o precisar continuar mantendo as medidas de seguran�a - distanciamento, uso de m�scaras, quarentena, etc. - at� que toda a popula��o receba a imuniza��o.

 

A vacina produzida pela Pfizer/BioNTech vai ser distribu�da em cerca de 70 hospitais do Reino Unido para pessoas com mais de 80 anos e parte dos profissionais da sa�de e de asilos. Segundo relatos de brasileiros que moram nos pa�ses europeus, grande parte da popula��o est� confiante na vacina que come�ou a ser aplicada em grupos priorit�rios nesta ter�a-feira (08/12). 

Laryssa Mariano, de 33 anos, � mineira e mora na Inglaterra com o marido, que � ingl�s, e suas duas filhas. Ela conta que a expectativa da popula��o � de que no ver�o europeu (julho de 2021) tudo j� esteja normalizado. “Todo mundo est� confiante e achando que no ver�o que vem j� vai ser meio que vida normal. Tem muita gente planejando viagens para o meio do ano que vem”, disse.

O Reino Unido � o quinto pa�s com maior n�mero de mortes causadas pelo novo coronav�rus. S�o mais de 56 mil, total superado apenas pelos Estados Unidos, Brasil, �ndia e M�xico.

O primeiro lockdown foi decretado entre 23 de mar�o a 4 de julho. Neste per�odo, as pessoas s� podem deixar sua casa por motivos espec�ficos como educa��o, trabalho, exerc�cios, compras essenciais e de rem�dios ou para cuidar de vulner�veis.

Em outubro, o primeiro-ministro brit�nico, Boris Johnson, voltou a anunciar medidas de lockdown no Reino Unido para conter o avan�o da segunda onda de coronav�rus. O fim do segundo bloqueio foi na ter�a-feira (01/12) e, um estudo do Imperial College mostrou que a taxa de infec��es por coronav�rus na Inglaterra caiu 30% durante este per�odo.

Laryssa relata como foi passar por dois bloqueios na cidade. “O primeiro decreto de lockdown foi mais dif�cil porque tivemos que nos isolar completamente, j� que minha filha pequena tinha sido classificada como alto risco por ser prematura. J� no segundo momento, o que nos ajudou bastante foi que as escolas continuaram abertas, ent�o minha filha mais velha continuou estudando”, afirmou.

A fot�grafa conta que as escolas est�o funcionando com esquemas de “bolhas”. Nas creches, por exemplo, as bolhas s�o menores e em cada sala com cerca de 30 alunos. Caso algum deles ou um familiar for diagnosticado com Covid, toda a bolha precisa fazer quarentena de duas semanas. “Na escola da minha filha n�o teve nenhum caso nesse tempo todo e tem funcionado”, relata.

Mas, a situa��o � outra quando envolve jovens estudantes nas universidades. Laryssa disse que “adolescentes e jovens t�m dado trabalho” e optaram pelas aulas on-line. “Mesmo assim ainda tem v�rios casos, porque aqui os alunos geralmente v�o estudar em outras cidades e vivem em moradias universit�rias”, explica.

Para comemorar as festas de fim de ano, os pa�ses do Reino Unido v�o flexibilizar as medidas restritivas. Entre os dias 23 e 27 de dezembro, as chamadas “bolhas natalinas”, que podem ser formadas por membros de at� tr�s fam�lias, podem se reunir.

 

* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.